Ballet Manguinhos, na Zona norte, pode fechar as portas por falta de patrocínio

O Ballet foi fundado, em 2012, com objetivo de levar cultura e diversas outras oportunidades para moradores da comunidade; o Instituo já promoveu a transformação social na vida de 4 mil jovens

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15/06/2022 Rio de Janeiro RJ Balé Manguinhos corre o risco de fechar as portas. Bailarinas dançam durante aula na sede do Balé Manguinhos. Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

O Ballet Manguinhos enfrenta uma crise que pode levar ao fechamento da organização sem fins lucrativos. Para muitos da comunidade da Zona Norte do Rio, a ONG é a única forma de contato com a cultura e diversas outras oportunidades.

O ballet está sem patrocínios desde abril deste ano, 2022 e para tentar contornar a situação a Instituição lançou o projeto Adote uma Bailarina, que tem o intuito de financiar os estudos das meninas que participam do Ballet. O custo calculado é de R$ 90 por mês, mas de lá para cá, apenas 22 jovens foram adotadas. A escola soma mais de 400 alunos.

A presidente da ONG, Carine Lopes, afirmou, ao Metrópoles, que os doadores não são fixos. “Alguns deles são pontuais. Então, posso dizer que uns 10 deles doam todos os meses”, afirma Carine Lopes.

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Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

BALLET MANGUINHOS

O Ballet foi fundado em 2012 pela bailarina, professora e coreógrafa Daiana Ferreira. Desde o princípio, a instituição tem o objetivo de tirar as crianças das ruas, ensinar cultura e tentar amenizar questões sociais. “As pessoas daqui querem ter acesso a coisas que são negadas a elas, os direitos mais básicos, como é o caso da cultura. As meninas – digo meninas, porque apenas 5 meninos estudam aqui, muito pelo preconceito que ainda existe – passam mais da metade do dia com a gente”, explica a presidente ao Metrópoles.

Carina afirma que não ensinam apenas a dançar, mas também a ter valores, empoderamento das meninas, e muitos outros assuntos sociais. “Incentivamos a educação, falamos sobre empoderamento, ingresso em universidades. Elas se sentem pertencentes a esse lugar. E não é à toa que diversos alunos nossos ingressam em importantes faculdades públicas no Rio”, completa.


Como doar

O Adote uma Bailarina foi uma idéia para captar recursos também de pessoas físicas. “Um patrocínio fixo nos dá essa segurança e a possibilidade da gente planejar dois ou três anos de atividades. O ‘Adote’ é um novo eixo, uma nova estratégia de captação, que também está aí para nos apoiar até mesmo para manter nossos 15 funcionários, IPTU, luz e água”, assegura. Para adotar, basta entrar no site (DOA.RE/BM), realizar um cadastro e escolher se vai apadrinhar uma, duas ou mais bailarinas. O pagamento pode ser feito por boleto bancário, PIX, cartão de crédito, entre outras formas.

As informações são do site Metrópoles.

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