Chicão: O dever de casa para a recuperação econômica do Rio

Para Chicão Bulhões, apesar do cenário adverso, a cidade do Rio tem feito o dever de casa para acelerar a recuperação da economia

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VLT roda no centro histórico do Rio de Janeiro | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Não é preciso ser economista para perceber o quanto a crise econômica, que já estava em curso e piorou com a pandemia, afetou na prática a vida de todos nós. Nas ruas, no comércio, nos mercados é visível a alta de preços e a perda da qualidade de vida da população como um todo.

Vale ressaltar que não somente a economia brasileira, mas a mundial, está passando por momentos turbulentos, como consequências ainda dos impactos econômicos decorrentes da pandemia, somada à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Nesse sentido, a inflação é um fenômeno global. Segundo o FMI, a alta dos preços do mundo deve ser próxima de 7% neste ano. Ainda de acordo com o organismo internacional, quase 60% dos países do mundo devem apresentar uma taxa de inflação em 2022 maior do que 5%. No Brasil, as expectativas para este ano são de uma alta inflação e atividade econômica fraca. A FGV, por exemplo, projeta uma inflação de 9%, com um crescimento de menos de 1% do PIB brasileiro para 2022.

Apesar do cenário adverso, a cidade do Rio tem feito o dever de casa para acelerar a recuperação da economia, com um conjunto de medidas estruturais e emergenciais para preservar os empregos e atrair mais investimentos para a cidade. Desde o início da nova gestão, em 2021, a Prefeitura está investindo em projetos nos setores de inovação e tecnologia, que além de ser um mercado em crescimento, oferecem mais oportunidades de emprego e renda para quem precisa.

Muitos dos projetos são investimentos a longo prazo, mas outros já começam a dar resultados. A atividade econômica carioca voltou ao mesmo nível pré-pandemia, em setembro de 2021. No mesmo ano, a economia da cidade cresceu, em termos reais, 5,3%, acima do Estado do RJ (4,1%), e do Brasil (4,6%). O Rio também voltou a ser a segunda capital que mais gerou empregos formais dentre todas as capitais brasileiras, atrás apenas de São Paulo. Em fevereiro deste ano recuperamos todos os empregos formais perdidos durante a pandemia.

Essa recuperação está ligada a algumas medidas tomadas pela Prefeitura do Rio para mitigar os efeitos da pandemia. De ações emergenciais, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, que tive a honra de liderar, implementou o Auxílio Empresa Carioca, Crédito Carioca e Auxílio Ambulante Carnaval de Rua. Em um momento de urgência, foi importante transferir renda para quem estava precisando, manter empregos e facilitar o acesso ao crédito para que as micro e pequenas empresas pudessem manter o capital de giro.

Mas sabemos que problemas crônicos, como o excesso de burocracia, precisam ser combatidos com medidas estruturais. Por isso, implementamos o Licenciamento Integrado – LICIN, que revolucionou o licenciamento urbanístico, diminuindo o prazo médio de nove meses para 30 dias, e digitalizamos todo o processo, assim como o do licenciamento ambiental. Aprovamos a Lei da Liberdade Econômica na Câmara dos Vereadores, para desburocratizar o ambiente de negócios e facilitar as atividades econômicas de baixo risco, atuamos nos mercados de crédito de carbono e de criptoativos para atrair mais investimentos estrangeiros para a cidade, demos mais transparência para os dados da economia carioca, através do Observatório Econômico do Rio.

Na parte de inovação e tecnologia, seguimos na meta de transformar o Rio na capital desse segmento no país. O Web Summit, maior evento do setor no mundo, será realizado na cidade pelos próximos seis anos a partir de 2023. Também no próximo ano entra em funcionamento o Porto Maravalley, um hub que vai receber a primeira graduação do IMPA, startups e empresas de inovação e tecnologia, tudo no mesmo ambiente. Ao mesmo tempo, o Programadores Cariocas vai formar cinco mil jovens de baixa renda oriundos de escola pública e refugiados em programação, um mercado que não para de crescer e tem constante problema de défict de mão de obra qualificada. Criamos ainda o Sandbox Regulatório, para que empresas possam ajudar a pensar soluções inovadoras para velhos problemas.

Em resumo, esses dados mostram a recuperação recente da economia do Rio, com o fortalecimento da atividade econômica e geração de empregos. Ainda há muitos desafios pela frente, mas seguimos firmes na luta para construir uma cidade melhor para todos os cariocas.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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