Cerca de 8 mil piscinas olímpicas de água tratada perdidas em vazamentos na rede de distribuição de água da capital fluminense. Esse é o desperdício mensal estimado pela Águas do Rio – volume que poderia abastecer uma cidade com 3,5 milhões de pessoas. Para mudar essa realidade, a concessionária realiza uma série de ações que incluem o uso de tecnologia, como o geofone, equipamento ultra sensível a sons, que é capaz de detectar vazamentos ocultos subterrâneos nas redes públicas.
As equipes operacionais trabalham de madrugada, quando a vida urbana se acalma e o barulho de carros e pessoas é reduzido, facilitando a escuta e identificação de sons no subsolo da cidade. Se um vazamento é captado, um quadrado é desenhado no chão indicando que ali pode haver um problema. Uma nova equipe vai então ao local durante o dia, para realizar os reparos necessários.
Foi dessa forma que, somente no primeiro mês da utilização do geofone, 198 vazamentos foram encontrados em bairros da capital – quase um por quilômetro percorrido -, evitando que a quantidade equivalente a 1,5 mil piscinas olímpicas de água tratada fosse perdida. O montante recuperado abastece as casas de 100 mil pessoas por mês.
Como exemplo, pode-se citar um vazamento encontrado na rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, onde, por mais de dois meses, se perdeu 10 litros por segundo de água tratada. Com esse volume, seria possível abastecer 4 mil pessoas por dia.