O período pandêmico, iniciado em março de 2020, impôs sérias restrições a circulação das pessoas no Estado do Rio de Janeiro. Menos gente circulando, menos carros nas ruas e trânsito livre. Tal realidade foi mais do que propícia para que condutores, que precisavam circular pela cidade, cometessem diversas infrações de transito.
De acordo com o jornal Extra, a emissão de multas por fiscalização eletrônica no Rio de Janeiro registrou um aumento de 56,2%, em 2020, em comparação ao ano anterior. Um levantamento do jornal junto à CET-Rio mostrou que, em 2020, foram cometidas 2,5 milhões infrações, contra 1,6 milhão, em 2019. Altas velocidades e avanço de sinais vermelhos, foram as infrações mais cometidas pelos condutores fluminenses, em 2021. Os “pardais” flagraram 2,7 milhões de irregularidades – 68,7% de acréscimo em relação ao período pré-pandêmico.
Ainda de acordo com o veículo, a arrecadação não acompanhou o aumento vertiginoso das infrações. A distorção resultou de uma portaria baixada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em março de 2020, suspendendo as notificações e os prazos para recursos. Tais medidas só foram restabelecidas em 2021, pegando muitos motoristas de surpresa, já que as cobranças chegavam muito tempo depois de as infrações terem sido cometidas. Em 2019, a Prefeitura do Rio arrecadou R$ 148 milhões. No ano seguinte, tal valor foi de apenas R$ 69 milhões.