Nesta sexta-feira, 22/07, a União, por intermédio do Ministério da Economia, anunciou que o Edifício A Noite volta a entrar em leilão. Será a quarta tentativa de venda do histórico prédio.
Na última semana, o prédio, que tem uma das vistas mais incríveis de toda a cidade, vislumbrando a baía de Guanabara e em frente aos badalados museus do Amanhã e MAR, foi oferecido ao público pelo preço mínimo de R$ 38,5 milhões, valor 60,71% inferior aos R$ 98 milhões que o Governo Federal cotou na primeira tentativa de pregão eletrônico, em abril do ano passado. Mesmo assim, não apareceram interessados.
A Ademi-RJ e Sinduscon-Rio atribuíram a falta de interessados ao preço elevado pedido pelo Governo Federal, dono do imóvel. A construtora Cyrela tinha submetido à União uma avaliação de R$ 23.350.000,00, mas a União resolveu iniciar o leilão por R$ 38.500.000,00.
Inaugurado em 1929, o edifício foi levantado numa das extremidades da Avenida Rio Branco, na altura da Praça Mauá, próximo ao Porto do Rio. Inicialmente, o edifício foi sede do jornal “A Noite”, que em tempos bem anteriores a internet fazia a função de noticiar o que acontecia no final dos dias. Devido à força do nome do veículo de comunicação, o nome original da construção (Edifício Joseph Gire) caiu em desuso.
No fim da década de 1930, mais precisamente em 1937, já sem o jornal o A Noite, sediou a Rádio Nacional, que vivia a era de ouro do rádio com seus programas de auditório e novelas de rádio. Por lá passaram cantores como Sílvio Caldas, Francisco Alves e Orlando Silva, entre outros.
SPU, libera o prédio logo num leilão aberto partindo do zero. Ainda assim será vantajoso: menos custo pro governo federal e mais atividade econômica no Rio de Janeiro.