Diante da ausência de estudo de impacto ambiental e riscos ao meio ambiente, a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu as obras de instalação da usina termelétrica flutuante, na Baía de Sepetiba, à cargo da empresa turca Karpowership. A obra, orçada em R$ 3,1 bilhões, previa a instalação de 36 torres de transmissão. A Karpowership iniciaria as operações da usina em agosto.
A sentença prolatada pela juíza, Georgia Vasconcellos da Cruz, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro, usou como justificativa um parecer do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que classificou o empreendimento como “potencialmente causador de significativo impacto ambiental”. Na decisão, a juíza criticou a “falta de bom senso” da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), que dispensou a realização de estudos sobre possíveis impactos ambientais, por considera-los desnecessários.
Em entrevista ao site G1, Mário Soares, integrante do Núcleo de Estudos de Manguezais, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), afirmou que a instalação da usinaa na Baía de Sepetiba é maléfica para a região. “[O projeto] tem impactos severos sobre o meio ambiente, sobre a pesca, sobre a comunidade do entorno da Baía de Sepetiba para produção de uma energia suja, uma energia cara, mais cara do que usual, e mais, num cenário em que não existe mais a desculpa de uma crise hídrica”, criticou Soares.
A Karpowership informou, por meio de nota, que ainda não foi comunicada sobre a decisão judicial. A empresa reforçou que respeita a legislação brasileira vigente e que cumprirá os prazos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a entrega do empreendimento.
As informações são do Diário do Porto e do site G1.