O Rio de Janeiro pode ser uma caixinha de surpresas até para quem mora aqui há muitos anos, todos os dias novas curiosidades sobre o Estado mais bonito do Brasil são conhecidas, como a mão inglesa que tem sotaque carioca. Na Cidade Maravilhosa algumas Avenidas e ruas possuem a famosa mão inglesa, ou, a mão invertida.
A mão inglesa é uma forma de condução, adotada na Inglaterra e outros 55 países no mundo, onde o lado do condutor é o direito e os veículos trafegam à esquerda das vias.
Em Botafogo, na Zona Sul do Rio, em frente a uma policlínica fica a maior mão inglesa da cidade, com 280 metros. Sua configuração é assim para não haver cruzamento de quem vem da Praia de Botafogo com quem vem da Avenida Pasteur.
Na Tijuca, na Av. Melo Matos, Zona Norte, também há um trecho de 170 metros da mão invertida e em Olaria, a Rua Leopoldina Rego, contorno da Praça Marechal Maurício Cardoso, outros 60 metros são de mão trocada. Outras ruas como no Leme, na Rua Roberto Dias Lopes e em Bonsucesso, na Avenida dos Campeões, também possuem a peculiaridade nas pistas.
Como dito, existem algumas ruas com a mão inglesa no Rio. Mas, você sabe como digerir no sentido contrário?
Confira as dicas do DIÁRIO DO RIO para não tomar uma multa por falta de atenção.
- Faça um treino mental antes de sair dirigindo. O cérebro do carioca está acostumado com a mão francesa, onde a marcha é feita com a mão direita.
- Siga a pista pela esquerda. Você pode dirigir sentindo que está na contramão, mas acredite, na mão inglesa é deste jeito.
- Se possível, pratique dirigir desta forma em carros automáticos. É mais fácil quando há um comando a menos para fazer.
História
Segundo histórias de séculos atrás, a mão inglesa surgiu porque os cavaleiros da Inglaterra medieval empunhavam suas espadas com a mão direita e se mantinham à esquerda para golpear os rivais. Por conta disso, os condutores de carroça teriam sido influenciados e começaram a usar esse método para trafegar.
Possivelmente a mão inglesa seria ainda a mais comum na maioria dos países se o francês Napoleão Bonaparte não fosse canhoto. O francês determinava que os cavalos fossem guiados à direita em seus domínios, pois ele tinha a mão esquerda como a de sua confiança para utilizar em um possível ataque. A mão francesa é usada como método de condução no RJ e em todo Brasil.