No Festival do Rio, Cesária Évora e monjas tibetanas se encontram

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
filme cesária évora festival do rio no texto de alvaro tallarico
A cantora que emocionava com sua voz (divulgação/Festival do Rio)

Uma das maiores graças para mim do Festival do Rio, além dos grandes lançamentos de filmes nacionais maravilhosos, é poder ver obras do mundo inteiro. Por exemplo, numa mesma sexta-feira poder assistir a um documentário sobre as monjas tibetanas e, em seguida, ver a jornada de Cesária Évora, uma das maiores cantoras do planeta oriunda de Cabo Verde.

Pessoalmente, possuo um carinho específico por Cabo Verde, mesmo nunca tendo visitado o país. Afinal, em 2020, fiz um amigo cabo-verdiano, Plácido Vaz, e, juntos, montamos um projeto chamado Kaialas, cuja primeira música está em todas as plataformas digitais e se chama “Preto de Azul“.

A partir dessa parceria ainda surgiu um clipe em animação e um curta-metragem, inspirado na canção, “O Preto de Azul”, o qual, inclusive, será exibido no Encontro de Cinema Zózimo Bulbul, no resiliente Cine Odeon, no dia 19 de outubro. Sendo assim, é muito gratificante ter a oportunidade de ver um documentário lindo sobre Cesária Évora cheio de imagens raras de arquivo, onde vemos a simplicidade e a luta árdua dessa cantora que só começou a ganhar reconhecimento após os 50 anos de idade. Vale a pena.

Fé que move montanhas

Contudo, antes de me emocionar com Cesária, vi o filme Floresta Vermelho Escuro: Monjas Budistas no Tibet. Indubitavelmente é uma rara chance de ver um pouco de uma cultura tão distinta da ocidental e da brasileira. Belos planos abertos mostram um lugar rodeado de montanhas, extremamente frio, e essas monjas que vivem no Monastério Yarchen, no Tibet. É impressionante ver a ínfima cabana que elas ficam, 100 dias por ano, sozinhas, em um retiro árduo. 

A quatro mil metros de altitude, isoladas, milhares de mulheres dedicam-se à religiosidade budista e refletem sobre questões existenciais. Ainda por cima, o filme denuncia de forma sutil como a ditadura socialista chinesa ordenou que a maior parte das monjas deixassem o mosteiro e vai tentando limar essa cultura ocupando essa região. A película apresenta uma beleza inóspita e ensinamentos budistas sobre o sofrimento. Uma joia.

Serviço:

Sessões para Cesária Évora

Quarta, 12/10 – 18:45 Estação NET Rio 4
Sábado, 15/10 – 19:00 Estação NET Gávea 2

Sessões para Floresta Vermelho Escuro: Monjas Budistas no Tibet

Domingo, 09/10 – 18:45 Estação NET Rio 4
Domingo, 16/10 – 16:45 Estação NET Gávea 2


Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp No Festival do Rio, Cesária Évora e monjas tibetanas se encontram
lapa dos mercadores 2024 No Festival do Rio, Cesária Évora e monjas tibetanas se encontram

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui