Sabe aquele caminhão estacionado em local proibido descarregando mercadoria? Ou o ônibus que não usa o recuo especifico para parada, tomando em vez disso uma pista da rua? Ou aquela caçamba de entulho que não coube em cima do meio fio e o responsável achou melhor deixar por ali mesmo, na rua, em vez de colocar ela a uns 20 metros de distância em local mais adequado? Ou clássico, o taxista que para pegar ou deixar o passageiro em uma rua de pista única resolve que o melhor local de parada ideal é aquele desejado pelo cliente, e não 10 metros a frente onde há uma garagem, e portanto possibilidade de parada sem bloqueio completo da via.
Não há dia em que um motorista no Rio de Janeiro não saia de casa sem se deparar com um destas, ou tantas outras, manifestações de idiotice no transito Carioca. Se uma delas já é capaz de causar irritação, a acumulação das mesmas não tem um efeito somatório, e sim multiplicador de dor de cabeça e indignação.
A mais recente que me tirou do sério é ter ficado mais de 10 minutos engarrafado em Santa Teresa. Para quem não conhece o bairro, basicamente todas as ruas são de mão dupla, há poucas ou nenhuma possibilidade de “dar a volta” pelo quarteirão de trás (porque há apenas uma rua que atravessa o bairro de um lado ao outro), e sequer existe um sinal na região. O motivo do engarrafamento: Um caminhão de entrega de bebidas e uma caçamba de lixo, ambas do mesmo lado da rua, mas com uns 20 metros entre si.
Resultado: carros passando por um obstáculo acabavam parando no próximo devido ao transito no sentido oposto. Como a estupidez no transito é esporte comum, todo mundo quer passar antes do coleguinha, e nada mais funciona, ninguém mais sai do lugar. Depois de mais de 10 minutos parado no mesmo lugar (e estamos falando de 50 veículos no máximo que, de forma organizada poderiam passar por ali em 2 minutos), milagrosamente um PM se deu ao trabalho de organizar a confusão.
Os entregadores da companhia de bebidas, esses deram pouca bola, não foram importunados pelo PM e na semana seguinte estarão novamente no mesmo local, cometendo a mesma tentativa de provocar o caos.
Idiotices no transito não se somam, se multiplicam.
