Você deseja o sucesso? O sucesso é o objeto de desejo de todos os seres humanos. Quem não o quer? Qual o preço a ser pago nessa empreitada? Ele não é gratuito!
Isso não é algo simples, ele não vem de graça, tem um custo que não é qualquer. Mesmo porque não basta o sucesso, é preciso sustentá-lo. Ou melhor, suportá-lo! O trilhamento de um sucesso implica numa persistência. Pedra sobre pedra, não se acovardar, não temer o desconhecido. A arquitetura do sucesso implica no se reconhecer numa regeneração que se torna demoníaca. Sabemos que não existe uma fórmula mágica que possa te ensinar a ser um vencedor, trinfar, para se galgar os patamares do sucesso. Muitos são os casos de sucessos recebidos como supostas “heranças” que se tornaram factíveis de desmoronamentos. Sucesso é sinônimo de investimentos. É necessário a construção de uma base sólida, bem estruturada, pois o sucesso além de não vir de graça, ele mesmo pode pesar e muito. Pode, até mesmo, causar estragos numa vida.
O trabalho de conquistas vem de dentro, não é algo que vem do exterior, de fora, deve-se a uma força hercúlea que vem lá de dentro. Desejo de conquistar junto a um desejo de mudanças. Ele tem sim, em sua base, um desejo que muitas vezes é desconhecido do próprio indivíduo. Mas, de todo modo, há um desejo que subsiste na base. É uma espécie de luz que encoraja e ilumina os escombros do desconhecido.
Há poucos dias, assisti na televisão, a história de um menino que se agigantou. Um jogador de futebol, cuja história, que muito me emocionou. Ali, naquele exemplo, pude testemunhar, uma vez mais, que as coisas podem ser difíceis, mas não são impossíveis. Marcelo, jogador de futebol do Real de Madrid, lateral esquerdo da Seleção Brasileira. O menino era pobre, como se diz, um “fodido” na vida. Tinha tudo para não ser ninguém. Ou, quem sabe, pouca coisa. Mas, surgiu em seu caminho, um olhar que o impulsionou rumo às conquistas! O seu avô, uma pessoa simples, muito pobre, foi alguém que emprestou um desejo: ele deu um sopro de vida na vida desse menino.
Este senhor acreditou no futebol do garoto. Ele não tinha dinheiro para nada, trocava cheques com dezenas de agiotas, para poder pagar o ônibus que levaria o menino para os treinos de futebol. Sim, este pobre senhor perdeu a sua pequena moradia para pagar aos agiotas. Ele acreditou de tal maneira que, com o talento que foi se consolidando, fez com que o menino se tornasse um ídolo no futebol. Um desejo decidido, uma verdadeira aposta, um olhar que desejava, que ejaculava esperanças benditas!
O caminho é um só: trabalho, acreditar na escolha, o que implica numa construção, passo a passo, que é particular de cada um. Isso se dá a partir de uma verdadeira apreciação das emoções em suas autoestimas. É um seguir solitário, uma coisa que se processa graças à uma busca, um movimento incessante, a partir de si mesmo.
Mas o sucesso pode ser desastroso para alguns. Por isso mesmo, quando alguém identifica o caminho a ser seguido, nessa empreitada de conquistas, ele mesmo precisa sedimentar etapas, acreditar em sua vida interior. Muitos são os exemplos de fracassos diante do sucesso e de suas perspectivas. A falta de base, de estrutura, pode levar ao pior. Há pessoas que não suportam o sucesso, é alguma coisa que pode lhes fazer mal, podendo sucumbir a um estado de culpabilidade hedionda.
Os exemplos estão por toda parte. Vemos grandes empresários, artistas famosos, jogadores de futebol que, assim que vislumbram uma chama de conquistas, sucumbem, caem, como se fosse um fruto proibido, algo não merecido. Há o acirramento de um sentimento inconsciente de culpa, de um sentimento de dívida, por exemplo, com a figura introjetada de um pai.
Os suicídios são os casos mais registrados. Quem está do lado de fora não entende nada: “mas como foi acontecer uma coisa dessa, ele ou ela, tinha tudo”. Fama, olhares, idealizações, dinheiro, poder. Por terem “tudo” não suportaram. É algo muito estranho, paradoxal, totalmente incompreensível. Outras situações, há uma necessidade impensada de perder aquilo que conquistou, voltando à etapa zero, formulando um jogo compulsivo de reinícios incessantes. a ser pago nessa empreitada? Ele não é gratuito!