A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), deflagraram, nesta quinta-feira (08/12), uma operação para cumprir 11 mandados de busca e apreensão contra estelionatários acusados de comercializar ingressos falsos do Bondinho do Pão de Açúcar. A ação acontece nos bairros Leme e Laranjeiras, na Zona Sul, Méier, Riachuelo, Engenho da Rainha e Penha, na Zona Norte, e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A ação contou com apoio de agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).
Os alvos são guias de turismo envolvidos no esquema criminoso que já resultou no prejuízo de cerca de R$ 150 mil no período de seis meses, para a concessionária que administra o ponto turístico. O modus operandi consiste em duas etapas: a primeira é aquisição de ingressos, por meio do canal oficial de compra, com a utilização de cartões de crédito clonados, furtados ou roubados. A segunda é a revenda aos turistas por preço abaixo do praticado pela empresa responsável pela comercialização do tíquete.
De acordo com os policiais, quando o real titular do cartão identifica a compra não autorizada, faz contato com a instituição financeira solicitando o estorno do valor. Desta forma, a quantia não é repassada para a administração do parque, que fica com o prejuízo referente ao ingresso.
A investigação está na primeira fase. A polícia fez apreensões de celulares e computadores para verificar como os guias de turismo conseguiam os cartões de crédito.
“Essa investigação surgiu de uma denúncia feita pela concessionária, que identificou que alguns ingressos que ela vendeu foram estornados pelo cartão de crédito. Embora os ingressos tenham sido usados, o cartão não pagou por eles”, comentou a delegada da Deat Patrícia Alemany.
“Identificamos, então, com a investigação, que alguns guias estavam fazendo essa compra fraudulenta no site do Bondinho do Pão de Açúcar. Esses guias vendem para o turista uma facilidade, afirmando que têm parceria com a concessionária e conseguem ingressos mais barato, mas, na verdade, compram com o cartão de crédito fraudulento. O ingresso é legal, verdadeiro, mas a compra é feita de maneira fraudulenta, e prejudicado é o Parque”, completou a delegada.
Apenas uma observação: na manchete da matéria está usado o termo “guia turístico”, que é referente ao livro, não ao profissional de turismo. Esse é o guia de turismo, como está no resto da matéria.