Alexandre Knoploch: O que esperar da próxima legislatura estadual

Legislatura que se encerra deixa como legado orçamento responsável e distância de negociatas escusas como as flagradas pela Operação Furna da Onça

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Plenário da Alerj — Foto: Marcos Serra Lima/G1

A partir de 1º de fevereiro de 2023, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, renovada em 45,7%, dará início aos seus trabalhos. Com um tímido crescimento da bancada feminina, que passa a ser de 15 parlamentares em vez de 12 — teremos 32 estreantes e 38 reeleitos.

O mínimo que a sociedade fluminense espera dessa nova legislatura é a continuidade do trabalho positivo dos últimos quatro anos. Podemos citar, entre os bons frutos colhidos, a economia de R$ 500 milhões no orçamento do Parlamento fluminense. Tal reserva responsável permitiu direcionar auxílios na conta de municípios em situações de calamidade pública, como foi o caso de Petrópolis, que sofreu com catastróficas enchentes em fevereiro deste ano.

A Alerj também pode se orgulhar de ter realizado uma série de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) necessárias para esclarecer e propor soluções para problemas graves que assolam a população fluminense, como incêndios criminosos que vitimaram inocentes e os casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes negligenciados pelo Poder Público. Autoridades e cidadãos foram ouvidos com muita atenção, narrando fatos preocupantes e trazendo números relevantes.

O que se viu durante as reuniões dessas Comissões foi o trabalho em conjunto de deputados de correntes opostas. Na prática, apesar dos discursos marcantes ocorridos no plenário, as correntes ideológicas não impediram a união de parlamentares em posições antagônicas pelo bem-estar das famílias do estado. Esperamos que os novos eleitos ideológicos também sejam técnicos como os mandatários atuais e permitem que o estado continue avançando em questões como segurança, tecnologia, meio ambiente, educação e ciência.

No último quatriênio, poucas notícias envolvendo a Alerj foram veiculadas nas páginas policiais, ao contrário dos anos anteriores — outra vitória do Poder Legislativo estadual. Não por acaso, a população do Rio de Janeiro, que já havia assistido à prisão do próprio presidente da Assembleia em 2017, estava cansada de ouvir falar nos detalhes sórdidos de negociatas reveladas por operações como Furna da Onça e Quinto do Ouro. Enfim, esperamos que a marca da legislatura estadual de 2019 a 2022 perdure de 2023 a 2026.

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