PortosRio faz dragagens de calado para garantir a atracação simultânea de transatlânticos no Porto do Rio de Janeiro

A companhia já possuía infraestrutura para receber os transatlânticos, com dragagem evita restrições nas escalas dos navios

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Transatlânticos chegam ao Rio (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A PortosRio realizou uma dragagem de manutenção em toda o cais do Terminal Internacional de Cruzeiros do Pier Mauá, entre os armazéns 1 e 6, para garantir um calado operacional adequado e nivelado para que os navios de passageiros atraquem no Porto do Rio de Janeiro. As obras, que foram a 1ª dragagem realizada pela autoridade portuária com recursos próprios, saiu a R$ 8,5 milhões.

A Porto do Rio, que já possuía infraestrutura para receber os transatlânticos, agora conta com capacidade operacional para permitir a simultaneidade das atracações dos navios de passageiros de maior porte. A medida evita restrições nas escalas dessas embarcações. 

 “Antes da dragagem, havia limitações em alguns trechos do terminal de cruzeiros, porque os calados operacionais variavam de 5,3 m a 9,5 m, o que reduzia o quantitativo de embarcações atracadas simultaneamente ao longo do cais. Depois da dragagem, os calados operacionais foram uniformizados, passando a ter uma menor variação, de 8,9 m a 9,6 m, o que tornou o cais melhor aproveitado pelos navios de passageiros, que agora podem atracar, ao mesmo tempo, em toda a sua extensão,” explicou o gerente de Acesso Aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, Roque Pizarroso

A companhia licitou e contratou os serviços de dragagem, executados entre outubro e dezembro, depois da realização de estudos por parte do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), que desenvolveu a Composição de Preços Unitária (CPU). Coube à Pier Mauá – arrendatária do terminal de cruzeiros – executar um levantamento batimétrico da área e diversos levantamentos hidrográficos.

Foi a 1ª vez que a autoridade portuária investiu em tal tipo de operação com recursos próprios, uma vez que as dragagens dos portos públicos eram realizadas pelo ministério responsável pelo setor portuário. Foram dragados 116.560 m³ em volume, sendo os rejeitos descartados em local determinado e aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA).

É de responsabilidade da Autoridade Marítima a aprovação dos ganhos em calados dos portos, sendo que é dever da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) homologar os novos calados do terminal de cruzeiros do Porto do Rio de Janeiro, o que ocorreu, em 29 de dezembro de 2022, tendo a publicação do Instrumento Normativo da Autoridade Portuária, com as determinações dos novos limites, ocorrido em seguida.  

Saiba mais:

O calado, medida entre a quilha e a linha d’água, é a altura do casco do navio que fica submersa. Já o calado operacional é o limite máximo determinado para a segurança da navegação nos diversos trechos dos canais de acesso, bacias de evolução e cais acostáveis, com o objetivo de impedir que os navios encostem o fundo do casco no leito, permitindo uma distância segura dele.

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