A desordem no Centro do Rio de Janeiro vem sendo causadora de uma má reputação para o bairro, que se tornou um queridinho do carioca, por toda sua história, cultura e beleza arquitetônica. A prefeitura vem tentando combater o caos urbano, grandemente causado pela camelotagem ilegal e pela mendicância, assim como pela venda ilegal de quentinhas (que só Deus sabe que ingredientes levam). Porém, há momentos em que o comerciante formal é grande causador de problemas. Vale lembrar a destruição das calcadas da rua da Assembléia pela operadora Claro, na semana retrasada (a calçada continua troncha e destruída, com os desenhos e detalhes em desalinho).
Na rua da Quitanda 20, funcionou durante anos uma Agência Filatélica dos Correios, quase na esquina da rua da Assembléia. A loja, hoje fechada, fica ao lado de uma filial da afamada Casas Pedro, empório de frutas secas, grãos e temperos que foi fundado em 1932 e é uma das maiores redes do tipo na cidade. A calçada da rua da Quitanda, junto à rua da Assembléia, é uma das mais bonitas da cidade, pois conta com lindos desenhos de borboletas em preto, em fundo branco (foto abaixo). Larga neste trecho, é decorativa e confere uma certa nobreza a este trecho da rua, que vai ficando cada vez mais estreita em direção à Presidente Vargas.
Só que ninguém mais pode passar por esta calçada. Além de a rua em si – forrada em paralelepípedos – ser totalmente ocupada, há anos, por um estacionamento de automóveis – que não faz o menor sentido, a passos do Terminal Garagem Menezes Côrtes – da procuradoria, agora a mobilidade naquele trecho acabou de vez. Diariamente, caminhões novinhos das Casas Pedro sobem na calçada – que já se encontra parcialmente destruída com todas as pedras soltas, como se vê na principal foto que ilustra a reportagem – para fazer entregas de materiais, em horários dos mais estapafúrdios, como por exemplo às 16h de uma quinta feira (hoje).
A situação ocorre nas barbas da Guarda Municipal, que parece ter aberto mão de seu papel fiscalizador no trânsito da região. “Hoje, durante a carga e descarga, dois guardas municipais passaram pelo local e não fizeram nada“, disse Marcos Henrique, que trabalha no número 30 da rua da Quitanda. “Isso acontece todo dia. Eu achava que este espaço era uma vaga das Casas Pedro“, sentenciou José Carlos Pereira, ascensorista de um prédio na rua da Assembléia.
O DIÁRIO tem visitado o trecho diariamente e a todo momento os novíssimos caminhões da mega rede de secos e molhados sobem na calçada, e por vezes ficam mais de duas horas parados no local, no meio do horário comercial. É sabido que há horário para carga e descarga, e mais ainda, que é proibido subir ou estacionar na calcada, destruindo-a completamente como a empresa tem feito diversas vezes por dia. Na foto principal que ilustra a matéria, é possível ver que a calçada embaixo do caminhão está destruída, o que comprova que a calcada virou carga e descarga do tradicional comércio.
Se pela rua de pedestre não dá pra passar – virou o estacionamento de “suas excelências”- agora nem mesmo pela calçada se consegue caminhar. Com a palavra, a Prefeitura da Cidade.
É o efeito da relação tóxica do carioca com o Rio.
O exemplo vem de cima, Neide, olha o nervosinho e as cag-das que ele fez no Rio e que transformou o Centro do Rio em terra arrasada.
Textos de quem não anda nas ruas!
O Rio está todo uma esculhambação desde que Dudu assumiu a permeia vez! Casa Pedro? E o Zona Sul, os Correios, as oficinas mecânicas, e muito mais?
disse tudo !! a casas pedro nao passa de apenas mais uma gota no oceano do descaso e da ausencia da GM
A prefeitura bem que podia olhar no gps dos guardas que passaram pelo local ou será que a ordem de não multar vem de dentro. Acho que nunca vamos saber. O 1746 virou uma piada e cada desculpa que eles escrevem.
Deve,-se olhar em TODO o centro do Rio de Janeiro. Entregas nas lojas durante o horário de almoço, South; Estacionamento irregular em cima das calçadas com demarcação com cones a partir das 8h atrás do Theatro Municipal do Rio; Pedestres disputando calçadas com lojistas e ambulantes; São tantas coisas que prefeitura deve olha aqui no Centro….
Se o comerciante tem este “cuidado” mostra o “carinho” que tem com a cidade. Noutro artigo em que comentavam o descaso com o imovel que era a sede da CEF no Rio, hoje ocupado por uma rede comercial de SP, comentei sobre o descaso ao Rio. Mas aqueles não tem identidade com o Rio, mas o empório agora citado faz parte da cidade desde 1932. Mas uma pancada na cidade. Não justifica a loja fazer tal coisa. Fica apenas o reparo de que a PMRJ impõe regras e mais regras sobre ocupação formal de calçadas e carga e descarga mas não oferece a “porta de saída” ao comerciante para fazer este processo e manter o Centro funcionando. Sinergia zero. Tem alguma baia de parada para caminhões tipo VUC e Vans? Fica o questionamento a autoridade municipal, que pode comentar o assunto no próprio Diário.
Quanto as excelências, é rebocar, multar é ponto, assim como todos q sobem em calçada, uma multa pesada tipo R$5.999,90 reais, como na Itália, lá ninguém se atreve. Nós subúrbios cariocas é berrante, pessoas já foram atropeladas nas ruas por causa dos malditos carros na calçada. Guarda e Prefeitura é uma vergonha descarada, dá muita raiva desses mérdas q ñ patrulham a cidade como deve.
Deve ta falando mútua louça pra lavar pra esses mimizentos. Uma casa que emprega várias pessoas. Para tocar seu negócio tem que haver carga e descarga, isso é normal e temporário. Vcs deviam se preocupar com pautas mais absurdas.
Kkkkk.. Se empregar gente é uma desculpa pra fazer o que quiser, então tem que liberar todo traficante e miliciano preso nessa cidade. Correto?
Em parte vc tem razão.
Agora vão encher o saco das Casas Pedro. Devem ter parado de dar o arrego…
Não é só na rua da quitanda que isso acontece, é no centro TODO!
Ao lado do Theatro Municipal, quando passamos 8h já tem cones demarcando vagas para estacionamento. Ao meio dia, já está tudo lotado inclusive a rua treze de maio que é mão única, tem estacionamento dos dois lados.
Rua buenos Aires, veículos param para entrarem nas lojas, não deixando local para pedestres passarem. No Largo são Francisco de Paula, são vários carros parados sob a calçada durante o dia inteiro.
Os pedestres tem que disputar calçada com os vendedores ambulantes, vendedores lojistas e carros em estacionamento irregular. Isso não é de agora, vem de anos e poder público não faz nada. Estão reformando as calçadas de pedras portuguesas em vários locais, será que durará? As ruas, estão elevando o nível do calçamento, mas fica uma pergunta, desentupiram os bueiros? Pois sabemos de longas datas que os bueiros das ruas do centro do Rio, vivem entupidos e quando vem a chuva, sobem até nas calçadas. Rua dos Andradas, Rua Uruguaiana, Rua Buenos Aires…. Dentre várias outras. Eu na minha humilde opinião, acho que o subprefeito do Centro, deveria andar pelas ruas para verificar mais todos esses aspectos.
Excelente matéria. Os parasitas agressores da cidade precisam ser constrangidos com reportagens como essa!