A Subprefeitura de Jacarepaguá realizou na manhã desta quinta-feira, (02/03), mais uma ação de demolição de um prédio que foi construído irregularmente, na Muzema, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O edifício com três andares não possui qualquer licença de obra ou responsável técnico. No local estava sendo preparada uma estrutura para a construção do quarto pavimento. A subprefeita de Jacarepaguá, Talita Galhardo, explicou que o solo na região é muito instável, propício a desabamentos, em função da proximidade com a Lagoa de Jacarepaguá.
Segundo ela, ações deste tipo continuarão sendo feitas para coibir as atividades do crime organizado na região. “Estamos lidando com vidas. Não vou permitir que o errado continue acontecendo. Muitas pessoas se iludem e compram imóveis irregulares das mãos de criminosos, sem saber o grave risco de vida que enfrentam. Jacarepaguá tem ordem. Vamos continuar de olho!”, alerta a subprefeita.
O prédio já contava com dez apartamentos, avaliados em cerca de 150.000,00.
A Secretaria de Meio ambiente e Clima embargou a construção na última semana, por ser completamente ilegalizável. Porém, os responsáveis pelo empreendimento não obedeceram e seguiram com a construção. A secretária de Meio Ambiente, Tayná de Paula também esteve presente na ação.
A operação foi conjunta com a Subprefeitura de Jacarepaguá, Secretaria Municipal de Ambiente e Clima,(SMAC) o Grupo de Apoio Especial ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente(DPMA) e a Polícia Militar Ambiental.
Ai, que heróis! Estão salvando os indefesos! Evitaram uma “tragédia”, mas conseguirão impedir a outra? Para onde vão os moradores que morariam nos prédios interditados e demolidos?
Tenho uma sugestão: a prefeitura tem que acionar o poder judiciário para que os construtores indenizem o Estado pela mutretagem, de forma justa, de preferência devolvendo o que receberam pela venda das unidades. Os terrenos têm que ser confiscados pela Prefeitura, para que tenham uma destinação adequada. Ao mesmo tempo, a Prefeitura deve ter um cadastro de todas as pessoas que adquiriram os imóveis, parcial ou integralmente, bem como o valor que pagaram. Em seguida, nos terrenos confiscados, a própria prefeitura constrói habitações decentes para aquelas pessoas cadastradas, de modo que o cidadão tenha direito à moradia legalizada pela qual pagou. Se ainda não realizou o pagamento total, o morador que recebeu a unidade residencial paga o saldo que falta para a própria Prefeitura, ou seja, o dinheiro que saiu por um lado, volta por outro, e quem já pagou alguma coisa não terá que pagar novamente. E todo mundo fica feliz. Mas por que será que eu tenho a sensação que nada disso acontecerá?