A prefeitura do Rio, por meio da Rioluz, montou uma força-tarefa para remover os fios caídos, partidos e abandonados nas ruas do bairro de São Cristóvão, região Central do Rio, nesta sexta-feira, (24/03). Após cinco meses da Operação Caça-Fios, mais de dez toneladas de fios foram retiradas em toda a cidade. A ação pelo bairro imperial começou pela Rua São Cristóvão, na última quinta-feira.
O presidente da Rioluz, Eduardo Feital, comentou que a situação dos postes da cidade está insustentável, com muitos cabos soltos e abandonados pelas concessionárias de telecomunicação, além das tentativas de furtos que deixam essa desordem ainda maior. “Estamos fazendo essa ação de ordenamento urbano por São Cristóvão que necessita urgentemente dessa intervenção com a ajuda da subprefeitura do Centro”, afirma Feital.
Diariamente, as equipes da empresa de iluminação percorrem a cidade para eliminar essas fiações. O levantamento das ruas mais críticas fica por conta das subprefeituras que enviam as demandas para a Rioluz poder executar o serviço.
“A operação Caça Fios é uma iniciativa que requalifica e reordena o espaço urbano, tornando-o mais seguro e agradável visualmente. Muitos incêndios e acidentes graves podem ser evitados a partir da remoção dos fios desordenados. Estamos trabalhando a partir de um levantamento estratégico das ruas mais críticas do Centro, região que tem alto índice de fios abandonados, além de furto e captação desse material”, afirmou o subprefeito do Centro, Alberto Szafran.
Os atos de vandalismo aos equipamentos públicos tem sido uma das razões para a fiação desordenada nos postes. E o bairro de São Cristóvão é um dos mais afetados por furtos de cabos na cidade. Um levantamento da prefeitura registrou que em 2022, o bairro ficou em sétimo lugar no ranking dos mais furtados, com 133 ocorrências, só ficando atrás de Campo Grande, Bangu, Santa Cruz, Guaratiba, Barra da Tijuca e Centro.
Todo material recolhido na Operação Caça-Fios está sendo levado para o depósito de gerência de materiais da Rioluz, em Marechal Hermes, e fica disponível por 30 dias para a empresa recolher. Até agora nenhuma empresa reivindicou o seu material. A Rioluz abrirá um processo administrativo interno para leiloar esses cabos e a verba revertida para os cofres municipais.
Deveria ser obrigatório que toda a fiação de energia e comunicações ser, quando possível, subterrânea.