Uma iniciativa da Subprefeitura da Zona Norte e da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto “Coretos – a história nas ruas” tem como objetivo resgatar a memória do subúrbio carioca, através de três apresentações e palestras mensais gratuitas sobre assuntos relevantes à população e à região visitada.
A primeira palestra ocorreu domingo (16), em Quintino, na Zona Norte do Rio, e tratou sobre a vida e a importância religiosa e cultural de São Jorge, o santo guerreiro. A programação do projeto prossegue nos meses de maio e junho.
As palestras são grandes aulas abertas ministradas pelo historiador e escritor Luiz Antônio Simas sobre temas específicos. A população pode tirar dúvidas com o palestrante. No dia 4 de maio, a aula acontecerá no coreto da Praça Catolé do Rocha, em Vigário Geral, com o tema será “As 11 estrelas da Leopoldina”. O último encontro, que será no dia 7 de junho, será sobre os “Clubes Suburbanos”, no coreto do Jardim do Méier.
“Há uma tradição suburbana de coretos, vitimada pela urbanização que foi destruindo esse espaço de construção da sociabilidade. A ideia é voltar a fazer do coreto um espaço de convívio, de encontro e de cultura. Tudo isso dentro do processo que visa reconstruir uma memória suburbana do Rio”, disse Luiz Antônio Simas.
Com a programação, a Prefeitura espera que o carioca resgate o orgulho de ser suburbano e portador da cultura característica da Zona Norte, através da ocupação da rua, com famílias sentadas em cadeiras espalhadas pelas calçadas.
“Costumo dizer que, entre tantas coisas que temos de fazer pela Zona Norte, uma das principais é resgatar o orgulho de ser suburbano. O projeto Coretos se encaixa bem nisso, pois nos faz retomar uma cultura que é tipicamente nossa, de ocupação da rua, das famílias e da cadeira e do isopor na calçada”, relatou o subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz, um dos idealizadores do projeto.