Debyday Gipsy: O papel sistêmico e espiritual das mães

Para o dia das mães, uma reflexão sobre a presença materna em nossas vidas

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(Foto: Reprodução Internet)

Mãe tem um poder muito forte na vida dos filhos, e isso, não há como negar. A maternidade é vista como uma responsabilidade sagrada, onde as mães têm a oportunidade de experimentar uma das maiores emoções aqui na Terra e exercer seu papel de forma amorosa e cuidadosa, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, moral e espiritual de seus filhos.  É fato que o papel da mãe é de extrema importância para o fluir da vida dos filhos em todos os sentidos. Um adulto bem nutrido de amor materno tem grandes chances de ter uma vida plena em seus relacionamentos, sua carreira e também no aspecto financeiro. Nos períodos de grandes turbulências, esse filho alimentado está provido de energias internas para amadurecer diante das adversidades. Simplesmente por que sua referência materna o preparou para esses momentos.

É comum conhecermos alguém que tem problemas de relacionamento com sua mãe ou que não possui mais contato com ela, e com isso, acabam buscando ajuda nas diversas modalidades de terapias para compreenderem algum défict emocional que carregam durante a vida.

De acordo com a Constelação Familiar, terapia dinâmica gerada pelo psicoterapeuta alemão Bert Helling, toda relação começa com a mãe. Esta ideia dá o tom da importância de sua presença na vida de cada ser. A maioria dos problemas surge quando algo ocorreu neste primeiro relacionamento, quando ele não se dá na plenitude. É importante que saibamos reconhecer no mínimo, que a figura da mãe é uma mulher que gerou nossa vida dentro do seu ventre. Tomar a mãe é concordar com o fato de reverenciarmos a vida que veio por meio dela e a medida em que fazemos isso, começamos a sentir fluidez na nossa jornada.

Sabemos que em casos de rupturas ou divergências neste relacionamento, é necessário todo um trabalho terapêutico com a retomada da consciência e o exercício de reconhecer a mãe, para que não repitamos os mesmos padrões de relacionamentos maternais com nossos filhos e netos.

Analisando o tema sob uma ótica mais espiritualista, aprendemos que antes de nascermos neste plano, escolhemos nossos pais, e compreendemos bem as tendências de como pode se dar essas relações, pois muitas vezes, pode ter havido algum tipo de rivalidade no passado. Na visão reencarnacionista, o fato de atrairmos para nosso seio familiar uma pessoa na qual tivemos alguma rivalidade, nos traz uma grande oportunidade de reconciliação e libertação.  As chances de desenvolvermos um amor profundo pela nossa mãe e pelos nossos filhos pode ultrapassar qualquer barreira de ódio e mágoa, e em muitas ocasiões, essa empreitada obtem sucesso até o final deste convívio, libertando almas de vínculos espirituais de dor e remorso que podem ter sido alimentados através dos séculos.

A compreensão profunda do papel da mãe é espiritual e filosófica. Quando passamos a compreender todo esse complexo processo nada retira a grandeza da vida. Muitos desafios podem ter ocorrido desde o nascimento até a nossa chegada na vida adulta.

Por mais difícil e doloroso que possa ter sido, a vida ainda é maior. E é com a vida pulsando que tudo é possível ser ressignificado, desemaranhado e reconstruído. Cada um pode sentir o seu próprio tempo para tomar posse de toda essa compreensão. Quando chegamos a esta consciência, a mãe torna-se necessária em sua função e nenhuma mãe é pior ou melhor que a outra, sob os olhares sistêmico e espiritual. Todas transmitiram a vida e a isso não pode ser alterado, e sim, agradecido.

* Debyday Gipsy é orientadora espiritual e cartomante

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