Um levantamento divulgado pela imobiliária online Quinto Andar revelou que o preço médio do metro quadrado para aluguel no Rio voltou a bater recorde. O relatório da empresa paulista aponta que o valor do aluguel por metro quadrado na cidade teria chegado a uma média de R$ 38,31 em abril. No último semestre, 19 dos 22 bairros cariocas monitorados pelo indicador teriam sofrido alta nos preços, inclusive com Santa Teresa, na região central do Rio, mantendo a liderança.
Veja os bairros que mais foram afetados pela alta:
- Santa Teresa (22,2%)
- Barra da Tijuca (21,6%)
- Ipanema (19,7%)
- Flamengo (16,1%)
- Engenho Novo (14%)
De março para abril, a média do metro quadrado subiu 1,11%. O crescimento já é de 5,81% em 2023. Os studios e apartamentos de 1 quarto têm participação relevante no aumento do preço. O valor médio dessas unidades no mês de abril chegou a R$ 47,55, o maior registrado desde o começo da série, em 2019. Os apartamentos de 2 e 3 quartos também atingiram o maior patamar dos últimos quatro anos, chegando a R$ 30,53 e R$ 28,71, respectivamente.
O aumento do valor do aluguel na cidade tem se mantido freqüente há quase dois anos. Há sinais, no entanto, que podem ser interpretados como sendo indícios de uma desaceleração nos próximos meses. A alta acumulada dos últimos doze meses foi de 15,7%, que, apesar de muito superior à inflação do período, seria a menor registrada desde junho de 2022.
“Com o fim da alta temporada de busca por aluguéis e um cenário econômico mais desafiador, a tendência é que haja, a partir de agora, uma acomodação nos preços”, afirma Vinicius Oike, economista do portal imobiliário.
Uma forma de economizar em meio a alta nos preços é a velha barganha. A pesquisa aponta que a diferença entre o preço do imóvel anunciado e o do efetivo fechamento do contrato chegou a 10,92% no Rio.
“A chave do negócio é negociar e fazer uma boa vistoria do imóvel, tentando abater dos primeiros meses do contrato valores que serão gastos com ajustes e consertos que tenham sido discutidos e aprovados com os proprietários. A tendência na Zona Sul e no Centro é de forte subida, com a diminuição dos terrenos disponíveis e o valor altíssimo dos imóveis vendidos na planta. O custo de construção vem subindo seguidamente, e isso acaba empurrando pra cima os valores dos imóveis que estiverem em bom estado”, ensina Wilton Alves, diretor de administração de bens da Sergio Castro Imóveis, que gere milhares de imóveis locados em toda a cidade.