História da ilha que levou nome de almirante francês e hoje pertence à Marinha do Brasil

Localizada na Baía de Guanabara, a Ilha de Villegagnon foi cenário central na disputa entre franceses e português na disputa para colonizar o Rio de Janeiro

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Foto: Wikipédia

Localizada na Baía de Guanabara, a Ilha de Villegagnon ganhou esse nome homenagem ao francês Nicolas Durand de Villegagnon, seu primeiro ocupante, em 1555, no contexto da França Antártica, que visava uma colonização francesa no Rio de Janeiro.

1555 208 Forte Villeganon SM História da ilha que levou nome de almirante francês e hoje pertence à Marinha do Brasil

Chegada de Villegagnon. Foto: Acervo da Biblioteca Nacional

Antes disso, a faixa de terra no meio do mar era chamada de Ilha de Sergipe pelos indígenas. Os portugueses a chamavam de Ilha das Palmeiras. O local funcionou como núcleo do estabelecimento colonial francês e lá foi erguido o Forte Coligny.

“Durante a ocupação da Ilha de Villegagnon, calvinistas e colonos protestantes realizaram o primeiro culto da Santa Ceia nas Américas. Após este episódio, Nicolas Villegagnon os participantes obrigando-os a declararem os termos de sua fé. Este episódio ficou conhecido como Confissão da Guanabara. No dia 24 de março de 2007, um marco foi inaugurado na ilha em homenagem a tais acontecimentos históricos”, informa um texto de Felipe Araújo ao site Brasil Escola.

Mapa Baia de Guanabara Jose Correia Rangel de Bulhoes 1796 História da ilha que levou nome de almirante francês e hoje pertence à Marinha do Brasil

Mapa da Baia de Guanabara de José Correia Rangel de Bulhões, 1796. Observe à direita a ilha de Villegagnon, com a fortaleza na parte norte. À esquerda centro do Rio

Brigando pelo território, os portugueses, comandados pelo governador-geral Mem de Sá, armaram uma expedição para expulsar os invasores franceses e conquistar o local, em 16 de março de 1560. Como Mem de Sá contava com poucos homens e não tinha recursos para estabelecer-se definitivamente na ilha, a fortificação foi destruída.

A expulsão só aconteceu de fato em 1567, com Estácio de Sá, fundador da cidade do Rio de Janeiro. Para evitar novas tentativas de domínio de outras nações, a ilha foi fortificada pelos portugueses no ano de 1733.

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Desde 1938, o local abriga a Escola Naval, a mais antiga instituição de nível superior do Brasil (criada em 1782 como Academia Real de Guardas-Marinha), sob a responsabilidade da Marinha do Brasil.

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7 COMENTÁRIOS

  1. O acesso até a ponte da Escola Naval pois os carros que passavam pela cabeceira da pista não estavam respeitando o sinal vermelho, o qual acendia quando um avião estava com sua potência máxima para decolar. Já via carros girando como folhas de papel com a força das turbinas. Então colocaram a cancela para limitar a passagem de carros e evitar acidentes. Estudei 4 anos em Villegagnon e me orgulho de ter passado por lá.

    • Só agora me dei conta que me expressei mal; o que eu quis dizer foi liberar o acesso até a ENTRADA da Escola Naval, passando por fora da cabeceira da pista do Santos Dummont. Este acesso era aberto até 6 anos atrás, mas foi proibido sem maiores explicações (pelo que saiba). É este acesso que eu acho interessante de ser reaberto. Desculpe pela confusão.

  2. Vocês do Diário do Rio podem de alguma forma influenciar ou apelar para que o acesso à Escola Naval seja novamente aberto e liberado ao público, tal como era até antes da intervenção militar no Rio? Seria um ótimo serviço de utilidade pública. Obrigado!

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