O Porto Maravilha vem mudando com a chegada de novas empresas e empreendimentos, dando uma nova cara ao Centro do Rio de Janeiro. Umas das empresas mais recentes a aportar na região foi a Águas do Rio, que tem a recuperação da Baía de Guanabara e a revitalização da região central da capital fluminense como metas. A empresa entendeu que poderia contribuir para o projeto de (re)ocupação da região do Porto Maravilha e escolheu o Armazém 2 do Píer Mauá como sua casa para operar sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em 27 municípios do estado, incluindo o Centro e as zonas Sul e Norte cariocas.
Ao longo de seis meses, obras feitas no espaço transformaram o local, escolhido a dedo pela proximidade com a baía. Respeitando as regras do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que os armazéns são tombados, o projeto manteve as fachadas, os telhados e as áreas de varanda, mas modificaram consideravelmente o espaço interno.
O Armazém 2 do Porto Maravilha recebeu:
- auditórios;
- espaço de imersão para receber visitantes;
- salas de reuniões;
- refeitório;
- baias de trabalho;
- um moderno Centro de Operações Integradas, que monitora em tempo real, 24 horas por dia, toda a área sob a responsabilidade da companhia em território fluminense.
“Esta estrutura faz com que a gente consiga movimentar a região do porto. Fazemos treinamentos de equipes, realizamos muitas reuniões em nossa sede e abrimos o espaço para a visita de lideranças comunitárias, escolas e representantes da sociedade civil. Além, é claro, do nosso time que trabalha no armazém. Acreditamos muito na criação de um círculo virtuoso de crescimento”, afirmou o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.
No roteiro do Passaporte Cultural
No início deste mês, a sede da Águas do Rio se tornou um dos destinos do programa “Passaporte Cultural”, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Tudo porque a concessionária assinou termo de parceria com o governo estadual e passou a receber estudantes de escolas e universidades públicas, organizações culturais comunitárias, entre outros grupos beneficiados pelo projeto. Com o compromisso firmado, a empresa se une a locais como Museu do Amanhã, AquaRio, Maracanã, Planetário e Theatro Municipal.
Criado em 2021, o programa amplia o acesso de pessoas de baixa renda a espaços culturais com ingresso gratuito a museus, casas de espetáculos, cinemas e exposições. Mais de 80 mil pessoas já tiveram acesso a esses locais, muitas vezes inacessíveis por falta de incentivo.
Ações movimentam a economia da região
A concessionária também realizou recentemente dois eventos na região portuária que reuniram diversos públicos. Em junho, o seminário “Mergulhando na Lagoa” atraiu ambientalistas, professores universitários, representantes de órgãos ambientais e líderes comunitários. Foram aproximadamente 150 pessoas. Em julho foi a vez de anunciar a assinatura das licenças ambientais para o início das obras do cinturão de proteção da Baía de Guanabara. Além disso, são realizados periodicamente treinamentos com mais de 200 pessoas ao mesmo tempo.
Dono de dois restaurantes a poucos metros do Armazém 2, Mauricio Tabet, de 64 anos, abriu o primeiro deles em 2019. Sofreu duro baque nos negócios com a pandemia que chegou avassaladora no ano seguinte, mas, com muito trabalho, começou a se reerguer. Hoje, vê os seus estabelecimentos receberem um bom movimento de terça a quinta-feira, dias em que o home office não é a opção de trabalho escolhida pela maioria dos seus clientes.
“O Porto do Rio é entretenimento com segurança. Temos estacionamentos e opções de diversão para todas as idades. A chegada de empresas ao local, como a Águas do Rio, ajuda muito a movimentar a economia da região. Espero que esse movimento de companhias fincarem raízes aqui seja um processo em franca expansão”, disse Tabet.