Você já esteve em um relacionamento tentando “consertar” o outro, como se você tivesse o poder de transformar alguém em uma completamente diferente? Isso está mais para um conto de fadas, onde você usa o seu amor para mudar a natureza da outra pessoa. Mas, na realidade, essa tentativa é quase sempre frustrada.
Imagine uma casa. Algumas casas precisam de pequenos reparos, enquanto outras estão à beira da ruína. Você realmente quer gastar sua energia tentando reconstruir uma casa que está prestes a desabar? Assim como a casa, certas pessoas precisam de uma reconstrução total. Você quer mesmo investir toda sua energia nessa “reforma”?
É claro que algumas pessoas podem crescer e mudar, mas outras podem não estar prontas e dispostas a fazer o mesmo. Infelizmente, acredito que tem pessoas que nem conserto tem. Mesmo se tivessem, eu não sacrificaria meu tempo e energia dessa forma.
Já atendi diversas pessoas com o Complexo da Salvadora, nas quais elas faziam de tudo para mudar seus parceiros. O parceiro estava doente, mas era ela que marcava o médico; ele estava desempregado e era ela que procurava emprego. Era ela que cuidava da casa, dos filhos, trabalhava e cozinhava, sem o menor apoio da outra parte. Nesses casos, há um desequilíbrio substancial no relacionamento, onde uma pessoa dá e a outra apenas recebe. É uma relação em que uma das partes é proativa, resolve tudo, e a outra é passiva, dependente.
Na maioria dos casos, a mudança necessária é tão profunda e estrutural que implicaria em mudar a pessoa por completo. No final das contas, seria muito menos doloroso procurar alguém já alinhado com seus objetivos e valores, alguém pronto.
Porém, muitas pessoas ainda acreditam que, com amor e compreensão, podem transformar sapos em príncipes. Contudo, com o tempo, o desgaste emocional é inevitável. Não é sua responsabilidade consertar ninguém, além de ser extremamente cansativo.
Não tente moldar alguém à imagem idealizada que você criou. Pergunte-se o quão diferente a pessoa com quem você está é daquela que você gostaria que ela fosse. Se a discrepância for muito grande e se a outra pessoa não demonstrar interesse em evoluir, suas duas opções são: se contentar ou buscar uma relação mais equilibrada.
Kkkkk ainda é mais fácil do q transformar gazela em principe