A Câmara Municipal promulgou antes do feriado da Independência a Lei 8053, de autoria dos vereadores Rogério Amorim e Pedro Duarte, que cria o selo Patrimônio Histórico-Comercial do Município do Rio de Janeiro. A partir de agora, estabelecimentos comerciais com mais de quarenta anos de atividade no Centro Histórico do Rio podem reivindicar o selo – desde que comprovadas localização e tempo de atividade do estabelecimento comercial, a partir da data de criação do número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ou em outro documento oficial que contenha essas informações.
Para o vereador Rogério Amorim, esta é uma iniciativa que dá caráter oficial a algo que já existe informalmente. “O carioca reconhece e identifica os locais tradicionais, como Confeitaria Colombo, a Casa Cavé e a Confeitaria Manon, só para citar alguns locais. São hábitos, tradições, que passam de pai para filho, de filho para neto. O que queremos é dar a esses estabelecimentos a chance de criarem em seus planos de marketing um ativo a mais, uma forma de se deixar distinguir“, explica Rogério.
“A pandemia trouxe danos tenebrosos para o Centro do Rio, como o fechamento do PF mais famoso da cidade, o do Restaurante Eskimó. Há também o caso das lojas de instrumentos musicais da Rua da Carioca, que fecharam mesmo antes da pandemia. O Rio perde muito quando uma loja centenária fecha, perde em essência e em tradição“, diz Rogério.
O prefeito Eduardo Paes chegou a vetar o projeto, mas a Câmara derrubou o veto. “Achei estranha a atitude do prefeito, mas a Câmara teve a sensibilidade de não deixar o projeto morrer. É importante que cariocas e turistas reconheçam os pontos históricos, tradicionais, que fazem do Rio ser a cidade que é“, conclui o vereador.