A solução apresentada pelo presidente Lula para o fortalecimento do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, é um daqueles momentos cheios de ensinamentos. Primeiro deles: o Rio é capaz de resolver seus problemas se tiver foco e souber conjugar suas forças. No caso, houve uma forte mobilização do prefeito Eduardo Paes, com o apoio do governador Cláudio Castro, além da pressão de Fecomércio, Firjan, Associação Comercial e muitas personalidades esclarecidas.
O segundo ensinamento é que o Rio deve estar sempre atento para que os interesses de sua população não sejam atropelados por agentes econômicos de outros Estados. A reação cômica do prefeito de Guarulhos, que ameaça ir à Justiça, é reveladora. Ele chega a dizer o quanto de arrecadação estima que vai perder se o Rio recuperar a potência de seu aeroporto internacional e parar de transferir seus passageiros para Cumbica. Ou seja, o prefeito paulista contava em seu cofre com algo que não lhe pertencia, os recursos do Rio de Janeiro.
A terceira lição desse movimento pelo Galeão, talvez a mais importante, é que o sucesso de nosso turismo depende, em grande parte, da assertividade da Prefeitura e do Governo do Rio, a começar por ações inadiáveis para tornar o acesso à Ilha do Governador mais seguro e rápido em qualquer hora do dia ou da noite. Envolve questões de infrestrutura e a resolução de problemas absurdamente antigos, como a falta de disciplina dos serviços de táxis ou as constantes blitze caça-níqueis na Ilha do Governador, que chegam a causar congestionamentos dentro do próprio aeroporto. Trabalho não falta.
Assim como há muitos afazeres para a concessionária RIOgaleão. Seu controlador, a Changi, chegou a desistir do negócio diante do sucesso das conspirações contra nosso aeroporto durante o governo Jair Bolsonaro. A concessionária voltou atrás e já anunciou um grande plano de negócios, que pode em médio prazo gerar mais de mil empregos.
A solução trazida por Lula para o Galeão é permeada pelo verdadeiro interesse público, aquele que olha para o longo prazo na construção de um turismo robusto e sustentável. Neste sentido, o fortalecimento do Galeão pode abrir os olhos do Rio de Janeiro e do Brasil para uma outra oportunidade histórica que perseguimos: a compra de uma companhia aérea de porte internacional, a TAP, cuja venda está sendo preparada pelo governo de Portugal. O Galeão, com a mais longa pista da América do Sul, tem todas as condições de ser a base operacional da TAP, aberta a aviões de todos os tamanhos e turistas de todos os países.
O Rio de Janeiro não pode perder a carona no cavalo selado que está passando. Uma boa iniciativa é a divulgação do ranking das companhias que transferiram os voos para o Galeão e se beneficiaram da redução para 7% da alíquota do ICMS. O combustível chega a 35% dos custos de uma empresa aérea.
Esse incentivo, criado há mais de dois anos pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, até agora parece pouco usado. Os acionistas das empresas áreas, nas bolsas da América do Sul ou de Nova York merecem saber quais delas jogam dinheiro fora e preferem continuar pagando 13% de ICMS, quase o dobro do que têm direito, para operar no superlotado Santos Dumont. Há aí mais uma lição a ser aprendida: precisamos aprender a fazer contas.
*Washington Quaquá é deputado federal (PT-RJ)
Eiiiii não me coloque nessa sua lista furada!!! MUITA GENTE quer ter o Galeão bombando como antes, inclusive eu!
Com base no segundo ensinamento, é curiosa a preocupação do distinto deputado, se levarmos em consideração o caso dos royalties do petróleo que caberiam parte á Guapimirim, Magé e São Gonçalo, e hoje são destinados uma parcela maior á Maricá e Niterói.
Seria o caso de dois pesos e uma medida?
Ahhh para !!! Mas vocês estão brigando para embarcar para Brasília via SANTOS DUMONT !!!! continuo o com o slogan “NINGUEM QUER TROCAR O SANTOS DUMONT PELO GALEÃO “
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