O Ministério da Cultura, de acordo com reportagem da Folha de São Paulo, quer que o valor dos ingressos para o Rock in Rio sejam reduzidos, dos atuais R$ 350 para R$ 260, que era o acordado entre o Ministério e o Rock in Rio para que este pudesse receber a autorização para captar R$ 18,3 milhões por intermédio da Lei Rouanet, que oferece isenção fiscal às empresas patrocinadoras. O pedido inicial do Rock in Rio era para a captação de R$ 23,3 milhões.
Não vou entrar no mérito de um evento do porte do Rock in Rio precisar da Lei Rouanet, afinal não caberia o país abrir mão de uma verba para um evento que é sempre um sucesso e excelente para as marcas. Mas vamos esquecer isso e, dessa vez, entender porque os Medina, o clã responsável pelo Rock in Rio, tem razão em querer aumentar o ingresso.
A Vice-presidente executiva do Rock in Rio, Roberta Medina, diz que o aumento se deveu à alta do dólar, quando o contrato com o MinC foi assinado o dólar, em 29 de maio de 2014, o dólar era cotado, no comercial, a R$ 2,22. Hoje, ele está a R$ 3,15. E 43% dos custos do evento são em dólar, com um aumento desse o Rock in Rio poderia dar prejuízo e seria péssimo para o país, já que novos eventos deste porte estaria seriamente prejudicado.
Estaria assim explicado o aumento de R$ 260 para R$ 320 na pré-venda, que aconteceu em novembro, e para R$ 350 na venda de fato, que começa no dia 9.
A situação do país mudou, como dizia-se nas aulas de direito pacta sunt servanda, os contratos devem ser cumpridos e rebus sic stantibus, enquanto as coisas estão assim. Ou seja, o valor precisa ser revisto.
E sem reclamar do valor, é um evento privado, se você não pode ir, paciência. O que não falta no Rio é show de graça!
Fonte: Promoview