Acertei quando comecei a tratar de eleições no Rio de Janeiro, falando que pegaria fogo e seria diferente. Veja só, o que aconteceu desde que o assunto passou a ser tratado:
- Molon era um pré-candidato sem chances, tiram o certíssimo Edson Santos, Molon ganha apoio do PMDB de Sergio Cabral, Cabral tira o apoio, Molon fica sozinho, leiloam a candidatura dele a favor de Jandira, é dado como certo o PT ser vice da ex-deputada, mas ele bate o pé e hoje é candidato pelo PT.
- O PMDB começou apoiando o DEM, mas Sergio Cabral quebra o apoio que tinha feito chamando Eduardo Paes para o PMDB, tirando ele do PSDB em um dos últimos dias para que pude ser transferido de partido. Mas Paes encontra barreiras, então Cabral repentinamente passa apoiar o PT de Molon, no último dia rompe este acordo também, relança Paes como candidato, só que ele teria de bater chapa. Paes ganha a candidatura pelo PMDB, mas só que uma candidatura com cheiro de impugnável (ele saiu na data errada, Dura Lex Sed Lex).
- O Crivella, não importa o partido, vinha em céu de brigadeiro, primeiro lugar, lá na frente, fazendo campanha já faz 6 anos. Só que no meio do caminho sua ação eleitoreira foi para o espaço e agora corre o risco de ter sua candidatura impugnada.
Crivella não terá problema para recursos, isso é óbvio, mas sua imagem foi profundamente arranhada. A falha no Cimento Social e de outros projetos sociais do Bispo atacam onde lhe é mais caro, na imagem assistencialista. É óbvio que os outros candidatos vão mostrar os seus erros, e a máquina da Igreja Universal pode só atrapalhar.
Como Chico Alencar tem poucas chances e Molon vem de um partido deivido, permite que Jandira Feghali, Solange e Gabeira caminhem livres. E pode ser que destes três saia os dois do segundo turno.