Filme ‘Miúcha’ circula em setembro e outubro pelo Brasil e Alemanha internacionalizando o cinema brasileiro

O filme será exibido em São José dos Campos, São Paulo, integrando a itinerância do In-Edit, em sessão gratuita no próximo sábado, dia 23/09

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Foto: Arquivo

Dois meses, dois continentes. Essa é a conta do longa-metragem “Miúcha, a Voz da Bossa Nova”, dirigido por Liliane Mutti e Daniel Zarvos, que segue circulando e levando a música brasileira pelo mundo. Depois de passar por 21 países no primeiro ano do seu lançamento, agora o filme que tem sido aclamado pela crítica, chega ao interior do estado de São Paulo. O filme será exibido em São José dos Campos, São Paulo, integrando a itinerância do In-Edit, em sessão gratuita no próximo sábado, dia 23/09, como vedete da circulação do festival, o qual saiu vencedor da edição do México de 2023.

Em Berlim, Miúcha, a voz da Bossa Nova faz sua estreia integrando a seleção oficial do badalado Doku Arts, que já contou com a presença dos cineastas Agnès Varda, Shirin Neshat, Olivier Assayas e Stanley Nelson. Miúcha é o único filme brasileiro selecionado para a programação do festival cult alemão, que exibe o filme em duas sessões nobres. A comunidade brasileira e os amantes da Bossa Nova no mundo poderão assistir o filme dia 06 de outubro: às 20h e 22h, no cinema no Kino in der Kulturbrauerei, em uma sessão trilingue (falado em portugues e com legendas em inglês e alemão) e com a presença dos diretores.

O filme conta a história da cantora por meio de suas cartas, diários, imagens em Super 8 filmadas por Luiz Bonfá, João Gilberto e Chico Buarque, além de fitas cassetes com músicas inéditas e aquarelas animadas especialmente para o filme. São muitas histórias pessoais e coletivas, até então desconhecidas mesmo pela própria família de Maria Heloisa Buarque de Holanda, de apelido Miúcha, que chegam ao público após a morte da cantora, em dezembro de 2018.

No filme, acompanhamos Miúcha viajando pelo mundo e se libertando de amarras familiares e do casamento, revelando sua faceta pouco conhecida de compositora. Em alguns momentos, ela está no palco ou nos bastidores criando parcerias de vida com Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Stan Getz e Pablo Milanés, e, com isso, abrindo caminho para tantas mulheres artistas. O filme ainda traz imagens de arquivo da poeta chilena Violeta Parra e da filósofa feminista Simone de Beauvoir.

A primeira cinebiografia da artista, “Miúcha, a voz da Bossa Nova” reúne um grande e inédito arquivo pessoal, um valioso tesouro para a memória brasileira guardada pela filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e que conviveu de perto com ícones da cultura brasileira. Irmã mais velha de Chico Buarque, Miúcha foi casada por quase 10 anos com João Gilberto, em uma relação muitas vezes turbulenta com o inventor da batida bossanovista, como se nota pelos diários da cantora. Existiria João Gilberto sem Miúcha? É a pergunta inquietante que o filme lança.

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