Hospital Municipal Albert Schweitzer sobe 9 posições no ranking estadual de doação de órgãos

Desde 2015, o Albert Schweitzer, que é administrado pelo Viva Rio, conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante

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Foto: Reprodução/Internet

O Hospital Municipal Albert Schweitzer subiu nove posições no ranking estadual de doação de órgãos, passando da 14ª para a 5ª posição. O salto foi verificado pela Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro. No primeiro semestre deste ano foram feitas nove doações, que resultaram em 38 captações de órgãos e tecidos. Foram registrados ainda 28 protocolos de morte encefálica. Em 2022, foram oito doações e 17 notificações de morte encefálica.

A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do hospital da Zona Oeste, Mirian Silva, ressaltou que a evolução registrada na unidade é resultado de um intenso treinamento dos profissionais que atuam na instituição.

“Os setores da unidade estão sendo treinados, médicos, equipe de enfermagem, fisioterapeuta. Focamos em treinamentos para detecção de pacientes sugestivos de morte encefálica. A comunicação entre a equipe assistencial e a CIHDOTT melhorou muito, o que contribuiu para esse aumento. Todos os profissionais estão envolvidos e engajados”, afirmou Marina.

Desde 2015, o Albert Schweitzer, que é administrado pelo Viva Rio, conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que é responsável pela verificação das ocorrências de morte encefálica no hospital. A equipe também é responsável por orientar as famílias quanto à doação, o que acontece assim que os médicos suspeitam que o paciente sofre perda irreversível das funções cerebrais. Diante do quadro, os profissionais realizam exames e avaliações clínicas para atestar a morte e verificar se os órgãos do falecido podem ser doados.

“Após a suspeita de morte encefálica é feita uma avaliação médica em conjunto com a CIHDOTT, que notifica a Central Estadual de Transplante para a abertura de protocolo de morte encefálica com a realização dos quatros exames obrigatórios. Comprovado o óbito, realizamos a entrevista familiar e conversamos sobre a doação”, explicou Thyedro Cruz, coordenador de Terapia Intensiva do hospital.

Cabe à Central Estadual de Transplante do Rio a verificação da compatibilidade entre o possível receptor e o órgão disponível. Em caso positivo, uma equipe captadora é designada para a realizar a cirurgia de retirada do órgão na unidade, conduzindo-o para o hospital onde será realizado o transplante.

Lídia Pereira, cujo irmão irmão morreu no Hospital Albert Schweitzer após sofrer um acidente de carro este ano, confessou que era resistente à doação, mas a atuação dos profissionais da instituição a fizeram mudar de ideia e concordar com a decisão tomada pelo seu pai.

“Hoje entendo a grandeza do gesto, mas ao receber a notícia a minha primeira resposta foi ‘não’. A morte dele foi traumática, não esperávamos acontecer. Mas a forma de abordagem e o carinho dos profissionais nos deram conforto nesse momento difícil. Fomos orientados sobre todo processo, a clareza que nos passaram na investigação da morte encefálica mudou a minha opinião”, comentou Lídia.

As informações são da rádio Tupi.

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