Nesta segunda-feira (2/10), o prefeito Eduardo Paes se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ambos realizaram uma visita técnica nas áreas restritas do Galeão. Durante a agenda, o ministro anunciou um investimento de R$ 300 milhões no Aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio, para melhorias na infraestrutura.
“A gente quer buscar cada vez mais voos nacionais e voos internacionais. A gente está trabalhando para trazer novos investimentos para o Galeão”, afirmou o ministro, que completou sobre o aporte finaceiro ao Santos Dumont
“É uma obra que vai dar segurança para a população e melhorar a estrutura operacional”, destacou.
Aumento de voos no Galeão
A estimativa da Agência Nacional de Aviação Civil também prevê um crescimento de 56% no número de voos no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio, entre setembro e dezembro. O aumento é fruto da limitação de operação no Aeroporto Santos Dumont, no Centro, que deve registrar uma redução de 28% na quantidade de decolagens no mesmo período.
As mudanças começaram a valer, de forma gradual, neste domingo (1/10). A partir do dia 2 de janeiro, o Santos Dumont terá apenas voos domésticos com distância máxima de 400 quilômetros, o que incluiria São Paulo e Belo Horizonte. Assim, o aeroporto voltaria a receber menos de 10 milhões de passageiros por ano.
Além de atender aos apelos de autoridades fluminenses que cobravam uma solução para o esvaziamento do Galeão, a medida também vai permitir a obra de implantação de áreas de escape na pista do Santos Dumont, prevista no novo PAC.
O RIOgaleão afirma que a decisão deve atrair turistas e negócios para o Rio de Janeiro, que poderia voltar a ser um dos principais hubs da aviação brasileira, mas alguns especialistas ainda são céticos em relação à transferência de voos entre os dois terminais.
Apesar de ter capacidade para receber 37 milhões de pessoas, menos de 6 milhões de passageiros passaram pelo Galeão no ano passado. Para 2023, a expectativa é fechar o ano com 7,8 milhões de passageiros, um terço a mais.
A Changi, que controla o Galeão, pediu para deixar o terminal no ano passado, alegando dificuldades econômicas, mas voltou atrás no início deste ano. Até agora, porém, ainda não formalizou junto ao Ministério de Portos e Aeroportos o pedido para interromper a relicitação do terminal.
O Tribunal de Contas da União deu aval para que a empresa continue no aeroporto, mas um dos principais entraves é o pagamento de R$ 31 bilhões ao longo da concessão. O valor foi definido no leilão realizado em 2013 e era baseado em uma projeção da demanda de passageiros muito maior que a atual.
A Gol retomou as rotas para Curitiba (20 por semana), Florianópolis (20 por semana), Caxias do Sul (2 por semana), Porto Alegre (27 por semana) e Campinas (18 por semana). No fim do mês, também serão mais 11 voos semanais para Navegantes. A partir da segunda quinzena de dezembro, a Gol retoma as rotas para Goiânia (6 por semana) e Porto Seguro (8 por semana).
A Azul terá 4 voos diários para Recife, a partir de novembro, bem como as rotas para Campina Grande, com 1 diário, e Maceió, com 1 voo semanal.
Já a Latam passará a voar do Galeão para Porto Seguro, com 1 voo diário, além de Caxias do Sul, com 2 por semana. Além disso, serão dois voos semanais para Manaus a partir de janeiro.