Quintino: Cláudio Castro, acorde e governe!

Acorde Cláudio Castro e deixe uma marca que nenhum governador deixou nas últimas décadas, que Segurança é prioridade.

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Foto: Daniel Martins/Diário do Rio

O assassinato dos médicos na Barra, para mim, foi um daqueles momentos decisivos na história. A partir de agora, o governador Claudio Castro precisa decidir se irá acordar e levar segurança ao Rio de Janeiro ou se entregará o Estado do Rio de Janeiro à barbárie. Não adianta alegar que o problema é difícil; ele se elegeu ciente do que estava enfrentando. Seria o mesmo que reclamar de dirigir após aceitar o emprego de motorista.

A barbárie reside no fato de que parece ter ocorrido um possível tribunal do tráfico, que executou os responsáveis pelos assassinatos. Na mente criminosa, o problema foi resolvido, aplicando um código de justiça primitivo, “Olho por Olho, Dente por Dente”, o Código de Hamurabi. Isso é inaceitável e lamentável.

Os criminosos acreditam que resolveram o problema ao eliminar quem disparou as armas. No entanto, esses não são os verdadeiros assassinos. Os verdadeiros assassinos são aqueles que perpetuam a guerra pelo domínio das áreas em suas comunidades, seja para o tráfico de drogas, controle da internet ou extorsão de comerciantes. Ali não há Estado, l’État est le crime, parafraseando a frase não dita por Rei Louis XV. Os criminosos que mataram os médicos são os mesmos que mataram aqueles que dispararam as armas. A investigação não pode ser interrompida; o Estado de Direito deve mostrar sua força.

O jornalista Mário Marques, em 6/10, pela manhã de quinta-feira, afirmou que, se as mortes fossem por engano, deveriam ser resolvidas em 24 horas. Foi feito em menos de doze horas. Marques é pessimista, afirma que criminosos e políticos estão todos juntos. Eu sou um otimista com reservas e digo a Marques que ele é um chato. Prefiro acreditar na completa estupidez dos criminosos, a mesma que os levou a confundir um médico com um miliciano.

No entanto, é necessário um ponto final e uma resposta do Governador Claudio Castro. Ele deve parar de ouvir apenas elogios e reconhecer que seu governo está operando de forma que a maioria da população desconhece, muitas vezes nem sabe quem ele é. É crucial que as duas facções envolvidas sofram, pelo menos nas áreas afetadas por esse problema que resultou em tragédia. É importante que percam seus territórios e que se mostre que o Estado do Rio não tolerará esse tipo de ação.

Não estou sugerindo que ele será o responsável por acabar com a milícia e outras facções. Os EUA, a Europa, a China e o Japão não conseguiram eliminar as suas. Também sabemos que a culpa não recai apenas sobre os ombros de Castro, já que o miliciano estava solto devido a uma decisão judicial devido a um código de processo penal permissivo. Isso são problemas para outra hora.

No momento, precisamos que Cláudio Castro acorde. Já tivemos um governo com secretários envolvidos em escândalos, mais preocupados com interesses particulares do que com o bem público. Ele deve acordar e deixar uma marca que nenhum governador deixou nas últimas décadas, mostrando que a segurança é uma prioridade

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26 COMENTÁRIOS

  1. Estamos em outubro de 2023 e você ainda não acordou para o fato do governador ser um sujeito nada diferente da média dos políticos fluminenses? O cara foi eleito no primeiro turno prometendo quase nada e vai terminar o mandato assim. O Rio deu um cheque em branco a um sujeito sem projeto, que usou como plataforma o dinheiro temporário da venda da Cedae e que nem isso soube aplicar de forma adequada. Não foi falta de aviso, serão 4 anos desperdiçados no Rio, seja na segurança pública ou nos transportes.

  2. Toda vez que a barbárie atinge a classe média e alta é o mesmo papinho furado de “problema de segurança”. Semana passada vagabundos jogaram uma GRANADA em um arrastão, dentro de um ônibus cheio de trabalhadores e não vi uma linha aqui sobre a tal barbárie. Não adianta querer tapar o sol com a peneira, enquanto a indignação for seletiva porque só vai resultar nas mesmas políticas e análises fracassadas dos últimos 50 anos

    • Verdade. Eles só fazem escândalo quando a água bate na bunda.

      Crianças e pobres são mortos todos os dias na periferia mas não tem essa indignação toda.

      Patético.

  3. Enquanto houver o discurso de ser um “problema social”, mas a desigualdade é muito grande no país é chover no molhado. Bandido é bandido e ponto. Quem tem caráter e o mínimo de orgulho e disposição nao vai para a malandragem. Vão dizer que não existe pobreza e miséria no Japão, Europa e EUA? Aqui com a desculpa do social, ainda é capaz de dizerem que eu que trabalho e pago impostos todo dia, sou culpado pela vagabundagem e mau-caratismo de quem é delinqüente. Aqui o valor da vida não vale nada. No dia seguinte ao assassinato dos médicos lá estavam ilustres cariocas tomando sua cervejinha como se nada tivesse acontecido. Uma tristeza para as familias dos médicos, seus filhos e parentes. E na semana passada tivemos uma deputada estadual que foi sequestrada por bandidos. No Paraná os pais de um deputado federal ficaram reféns de um assalto…..Enfim muito bandido pra pouca cadeia. Espero que sinceramente a sociedade encare bandido como bandido e não vitima da sociedade. Que a nobre deputada acometida por essa terrivel tragédia tenha ciência disso.

  4. Lamentável que as pessoas ainda se iludam com as palavras hipócritas dos governantes. Enquanto o Rio pegava fogo, alguém estava de férias fora do país sem se preocupar com o eleitorado.
    A classe menos favorecida vem sofrendo com as mortes de seus filhos. E todos só viraram estatística. Mas o destino colocou 3 vítimas da “nobreza” nesse caminho para que os olhos se virassem para o problema. Sempre digo que Deus manda seu recado.
    Não creio de imediato que haverá solução, porque tudo tem começo no fundo de um poço. E esse poço têm vários desvios. Quem será o pedreiro que fechará os desvios desse poço?

  5. Sobre o ponto em que o nobre autor do artigo cita “os EUA, a Europa, a China e o Japão” não terem conseguido eliminar as suas organizações criminosas, convém observar mais profundamente que embora não eliminadas, não são tão ousadas nem comete a quantidade de crimes de assassinatos que aqui vemos. Em específico o caso de países europeus e Japão, o assassinato múltiplo resulta em pena perpétua ou de morte, este último no caso do Japão que não aboliu a pena de morte, até executa por enforcamento…
    A máfia japonesa sofreu duro golpe e mudou forma de atuação. Não mais recorre armas de fogo que tem como consequência a pena perpétua.

    • Também resulta em perpétua ou pena de morte quando reincidente em muitos países o condenado por segundo crime grave mas que na primeira não resultou na reprimenda máxima porque não era crime qualificado…
      Em alguns países a pena máxima é automática no segundo crime, ou mesmo no primeiro (como no exemplo de assassinato múltiplo, estupro de criança).
      Dos 51 países europeus 41 adotam…
      São países antidemocráticos(?) contra direitos humanos(?) não… pelo contrário, nada há mais que humano que tal como aquele que tirou a vida do outro também pagar com a própria vida. O resto é historinha cristã que devemos perdoar…

  6. Repito o que disse anteriormente na postagem também de autoria do Quintino.

    Tem que mudar a competência para legislar sobre direito e processo penal.
    A União precisa abrir mão em favor de cada estado legislar e aplicar a legislação.

    Sobre “Olho por Olho, Dente por Dente”, se aplicado com aval da vítima e sua família não seria uma má ideia.
    Algo similar parâmetro tem na jurisprudência e legislação islâmica.
    Lembra da Copa do Mundo no Catar em que uma jornalista assaltada e foi perguntada o que gostaria que fizesse com autor do crime??? Ao menos por tal leva mais em consideração a vítima que nossa Justiça ocidental…

  7. Claro que qualquer governador não vai resolver sozinho o problema do RJ, a coisa tem que se a nível nacional, mas cada governador tem sua parcela de culpa. Acho que quando uma pessoa se propõe a governar um estado ele também tem que responder por sua ineficácia ao fim de cada mandato. As leis precisam mudar, não mudam porque são os políticos que as fazem, e eles não vão fazer algo contra eles mesmos.

  8. A verdade é que quando alguém fizer alguma coisa realmente para valer, a imprensa vai cair de pau em cima. Isso porque para resolver o problema do crime organizado (tráfico e milícia) vai ser com muito bandido morto pelas forças de segurança, e isso a imprensa não gosta.

    • Exato!!!! Um bando de defensor de marginal chorando a morte de vagabundos!!!Papinho furado de gente q só fala por falar…Se a polícia matasse todos logo,ao invés de prender marginal incorrigível(q a justicinha de merda desse paiseco ama soltar),começaria o xororô…NUNCA PENSAM NAS VÍTIMAS…só nas “vítimas da sociedade”

  9. A situação do Rio de Janeiro, estado e não cidade, e do Brasil, é culpa de cada um de nós, eleitores, tenhamos conseguido ou não eleger nossos favoritos. Culpa no coletivo, porque teimamos em votar em políticos confessadamente, declaradamente, comprovadamente corruptos, incompetentes ou INCOMPERRUPTOS. Culpa de cada um de nós que, após as eleições, passamos dois anos apenas discutindo em redes sociais e não pressionando os eleitos para fazerem o certo, só reclamando dos escândalos em sequência e dizendo que se o NOOSO CANDIDATO tivesse sido eleito, seria diferente, esquecendo que ele já foi e ficou tudo a mesma coisa.
    A responsabilidade pelo estado de coisas é historicamente do poder constituído, executivo, legislativo e judiciário. Um legisla para os seus interesses, outro governa para os seus interesses e o terceiro decido pelos interesses do sabor do vendo. E nós, que poderíamos mudar as coisas a cada dois anos, continuamos, passivamente, repetindo os erros de forma viciada.
    Pior, quando o político criminoso ou criminoso político (são coisas diferentes) é beneficiado pelos amigos do judiciário com amplo apoio de todas as cores e ideologias do legislativo, é recebido com desfile de escola de samba e espaço amplo para manifestar suas ideias do que é governar com capacidade, integridade e honestidade, pelo bem da população. Todos se esquecem que cada centavo que roubaram da educação foi uma merenda a menos, um livro a menos, uma criança a mais prejudicada. Cada centavo que roubaram da saúde foi um exame à menos, um remédio a menos e uma morte à mais. Esses políticos que roubam e são endeusados, protegidos e ressuscitados, independentemente de suas cores e partidos, são, figurativamente, assassinos do futuro da sociedade, e concretamente, assassinos de milhares que não têm acesso ao básico na saúde, responsáveis pela fome de crianças que vão para a escola primeiro pela comida que não têm em casa e depois pelo ensino.
    A culpa não é do político inimigo que está no poder nem seria melhor com o meu de estimação que não se elegeu, A CULPA, NA VERDADE, É DE CADA UM DE NÓS, CÚMPLICES POR VOTO E OMISSÃO.

  10. (in)Segurança pública não é o principal problema do Rio de Janeiro.

    É de todo o Brasil.

    É o que está na capa de todos os jornais, é o que está todos os dias na TV, é o que está na boca do povo, mas que NENHUM “notável” se propõe a resolvê-lo. Notáveis esses que só falam sobre o assunto se criminosos de determinados bandos são mortos pela polícia. Isso lembra de como existem não dois Rios, e sim dos Brasis, o Brasil real do povo e o Brasil imaginário da “zelite intelequituau”.

  11. Quintino você está esperando muito do Claudio ele é uma pessoa inábil, pequena demais para o cargo que ocupa, sem contar que deve comer na mão do corporativismo policial, se tivesse culhão recriaria a secretaria de segurança pública e colocava nas mãos de um policial federal ou general igual outros estados fazem.

  12. “No entanto, é necessário um ponto final e uma resposta do Governador Claudio Castro. Ele deve parar de ouvir apenas elogios e reconhecer que seu governo está operando de forma que a maioria da população desconhece, muitas vezes nem sabe quem ele é.”

    Coisa que eu mais vejo nesse jornal é babação de ovo do Cláudio Castro e seus capangas hahaha

    Cláudio Castro já tem um legado invejável na Segurança Pública: as maiores chancinas, isso mesmo, chacinaS, são da polícia dele:

    – Jacarezinho: maio de 2021 / 28 mortos
    – Complexo da Penha: maio de 2022 / 24 mortos
    – Complexo do Alemão: julho de 2022 / 17 mortos

  13. Por pior que se ache agora, o GovEstRJ Castro não é culpado do que está. Ele recebeu o que está ai. Vejamos então os legados, já que gostamos da palavra: Brizola nos deu a liberdade de ocupações de espaços vazios e a proibição de incursões da polícia (familiar, não?)…Marcello Alencar tentou consertar o estrago como fez na prefeitura. Garotinho e Rosinha concediam benefícios sociais a torto e direito (familiar também). Criaram a “polícia de visibilidade” onde se colocam carros enguiçados com Giroflex ligado nas esquinas ao mesmo tempo que permitiram o desmonte do transporte público dando lugar ao alternativo, fonte de renda das narcomilícias hoje. Sergio Cabral levaria horas para comentar. Na segurança fez a farsa televisiva da ocupação do Alemão em que se deixou os bandidos fugirem e continuar o seu trabalho. Anistia imediata e com 100% de Ibope! Suas condenações a 300 anos de prisão dão suas sólidas credenciais. Pezão parecia um cara honesto e que conhecia o Estado. Com suas ligações políticas no interior, as estruturas que destroem o Estado se reagruparam e fortaleceram. Witzel propôs um governo de força mas, sem força política, deixou-se levar pelos assessores e foi posto pra fora. Caiu no colo do Castro que tenta fazer algo, mas lhe falta a caixa, a armadura de políticos de antigamente, bem como apoio dos demais poderes. Lembro apenas que de Garotinho a Pezão os GovEStRJ foram presos ou foram apeados do cargo. Quem tem culpa?

    • Putz, passou pano legal pro “Tiro na cabecinha” Witzel e pro miliciano, Cláudio Castro.

      Mesma ladainha de sempre: “A culpa é dos outros. Deixe meu político em paz”.

      • Acho que o texto não foi compreendido. Witzel herdou a máquina montada desde o governo Cabral e pra governar, deixou essa turma agir, como por exemplo dos Hospitais de Campanha…”Paladar não desce degrau”. Ele deu as cartas e pagou por isso. Quanto ao sniper, muita gente aplaudiu “bandido bom é bandido morto”. Só que quando nada é feito e acontece uma m…dessas, a grita é geral. Ninguém gosta de janela quebrada e sujeira na porta, reclama do governo. Por falar neste, devemos lembrar que durante a pandemia a PMERJ e a PCERJ foram castradas no direito de agir coibindo o crime. Houve tempo para eles se prepararem e o Governo não podia chegar perto de favela sem que chegasse um câmera de TV para detonar. O resultado está aí e no horário nobre…No momento é o que temos e devemos apoiar ou vamos pro buraco.

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