O Centro de Operações Rio (COR), representado pela Prefeitura do Rio, realizou uma mudança significativa na nomenclatura dos estágios operacionais do município. Essa alteração, que substitui os atuais nomes (normalidade, mobilização, atenção, alerta e crise) por números, de 1 a 5, tem como objetivo principal tornar mais compreensíveis esses estágios para a população carioca.
O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, explicou que essa mudança visa facilitar a compreensão do público em relação ao funcionamento da cidade em diferentes cenários operacionais. Ele enfatizou que o estágio 1 representa a normalidade, enquanto o estágio 5 indica a situação mais crítica, na qual as equipes municipais podem ter dificuldades para responder a incidentes.
A decisão foi embasada em pesquisas conduzidas pelo COR, evidenciando a falta de entendimento sobre os estágios operacionais entre os cidadãos. Tanto abordagens nas ruas quanto interações nas redes sociais demonstraram essa lacuna de compreensão. A nova classificação, agora associada a cores, também permitirá uma integração com o padrão cromático adotado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Marcus Belchior, o Chefe Executivo do COR, comparou essa mudança ao uso da Escala Richter em terremotos, destacando a facilidade de compreensão que essa escala proporciona à população. “Sempre que temos um terremoto, por exemplo, a Escala Richter facilita a compreensão de todos. Nunca houve registro histórico de abalos com 10 de magnitude, porém, a escala em linhas gerais varia entre 2 e 10. Com isso, o entendimento é facilmente decifrado pela população.”
Os novos estágios operacionais, associados a cores específicas, passarão a vigorar a partir desta quinta-feira (16/11) após publicação no Diário Oficial do município. Desde a implementação do sistema de cinco níveis operacionais em 2019, a cidade do Rio de Janeiro já presenciou mudanças de estágio em 500 ocasiões.
É importante ressaltar que a alteração nos estágios operacionais não está restrita a eventos chuvosos, mas também a incidentes que afetem a mobilidade dos cidadãos, como grandes shows ou ocorrências de grande repercussão, como incêndios ou quedas de passarelas.
Veja cada um dos novos estágios e suas respectivas características:
Estágio 1 (Verde): Significa que não há qualquer alteração ou ocorrência na cidade que provoque alteração significativa na rotina do carioca. Baixo ou nenhum impacto na fluidez do trânsito e das operações da infraestrutura e logística da cidade.
Estágio 2 (Amarelo): Risco de haver ocorrências de alto impacto na cidade. Há ocorrência com elevado potencial de agravamento. Ainda não há impactos na rotina da cidade, porém, os cidadãos devem se manter informados.
Estágio 3 (Laranja): Uma ou mais ocorrências provocando impactos a cidade. Há certeza de que haverá ocorrência de alto impacto no curto prazo. Pelo menos uma região da cidade está impactada, causando reflexos relevantes, e afetando diretamente a rotina da população ou parte dela.
Estágio 4 (Vermelho): Uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões da cidade. As regiões impactadas geram reflexos graves/importantes na infraestrutura e logística urbana, e afetam severamente a rotina da população ou parte dela.
Estágio 5 (Roxo): Uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade. Os múltiplos danos e impactos causados extrapolam de forma relevante a capacidade de resposta imediata das equipes operacionais da Prefeitura do Rio. As regiões impactadas causam reflexos graves/importantes na infraestrutura e logística urbana, e afetam severamente a rotina da população ou parte dela.