Um dos locais mais visitados da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, tem uma história não muito antiga. No entanto, bastante rica. O Circo Voador é um símbolo de que a arte sempre pode mais.
O Circo foi inaugurado em 1982, na praia do Arpoador, em Ipanema. O palco teve como principal motivador o desejo de jovens artistas, que queriam um lugar para divulgar a arte.
Alguns membros de grupos teatrais, entre eles Evandro Mesquita, Regina Casé e Luis Fernando Guimarães deram o pontapé inicial. Esses e outros artistas fizeram, em 1982, quando o Brasil ainda vivia uma ditadura militar, a Surpreendamental Parada Voadora, que com diversas manifestações artríticas, saiu da Praça Nossa Senhora da Paz, em Copacabana, e foi até o Arpoador. A manifestação atraiu um bom público.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sergio Castro apoia construções e iniciativas que visam o crescimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam.
A ideia inicial era manter o Circo Voador funcionando por um mês. Durou três. E só não durou mais porque a fiscalização desarmou a lona. Entretanto, o show não acabou. A trupe, liderada pelo ator e promotor de eventos português Perfeito Fortuna saiu pela cidade (principalmente no Morro do Alemão) fazendo mutirões para reformar, construir e animar creches e associações de moradores.
Depois de muita luta dos artistas, em outubro de 1982, a Prefeitura destinou alguns de seus terrenos para que um fosse escolhido e o Circo Voador instalado. O eleito foi na Lapa, próximo aos Arcos.
Com uma sede fixa, o Circo passou a ser um palco que ajudou a catapultar muitos artistas, como Barão Vermelho, Legião Urbana, Blitz, Os Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Lobão, Débora Colker, Engenheiros do Hawaii, Intrépida Trupe, e muitos, muitos, muitos outros.
Não eram só as novidades que tinha voz e vez no palco do Circo. Muitos artistas mais experientes também se valeram do palco para impulsionar o sucesso. Luiz Gonzaga, Adoniran Barbosa e Cauby Peixoto foram alguns dos tantos que tocaram nos primórdios do Voador.
O que vinha bem teve um pouso forçado em 1996. Por uma ação do então prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia, o Circo Voador fechou as portas. Maia alegou irregularidades para trancar o já célebre palco carioca. A estrutura foi demolida.
Em 2002, sob o comando de Maria Juçá, um movimento passou a lutar pelo retorno do Circo Voador. A iniciativa deu certo e por determinação judicial, a prefeitura teve que reconstruir o Circo, que dois anos depois foi aos produtores e funcionários que lá estavam em 1996.
Nesses últimos 11 anos, o Circo voltou a ser um palco de grandes artistas. Por lá, nessa mais de uma década após o retomar das atividades, passaram por lá gente do naipe de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Beady Eye (banda dos ex-integrantes do Oasis), Franz Ferdinand e muito mais.
Um local dedicado às artes, só poderia gerar mais arte. Recentemente, Maria Juçá escreveu o livro “Circo Voador – A Nave”. Um documentário sobre a casa de shows também foi rodado. “A farra do Circo”, dirigido por Roberto Berliner relembra memórias do local.
O Circo também dedica seu tempo e espaço para a realização de projetos sociais e cursos. Embaixo da histórica lona cabe um Rio de boas lembranças e grandes novidades.
Pça N.Sra da Paz, em Copacabana é foda!!!