A galeria de arte Metara realizou, na última quarta-feira (22), a abertura da exposição “Do Lixo ao Luxo”. O coquetel de lançamento contou com a presença de diversos convidados e apoiadores da oficina promovida pelo Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) para crianças e adolescentes da Fundação Darcy Vargas. A exposição, idealizada por Susi Sielski Cantarino, contou com o patrocínio da Secretaria do Meio Ambiente e do Cury. A mostra segue em cartaz até do dia 30 de novembro, das 18h às 20h30, na Rua Sacadura Cabral, 264, no bairro da Gamboa.
À Revista Vislun, Susi Cantarino adiantou que a oficina da MUHCAB é o início de outras iniciativas do gênero na cidade. O proposito é fazer com que mais ações envolvendo as áreas de sustentabilidade e meio ambiente sejam desenvolvidas.
“’Do Lixo ao Luxo’ é um projeto-modelo embrionário que, dentro em breve, deverá ter um alcance mais abrangente. Nossa proposta é fazer acontecer, num futuro próximo, em outros locais, envolvendo pessoas atuantes na área da sustentabilidade e do meio ambiente, com a ‘adoção’ de crianças por designers e pintores que, juntos, irão confeccionar suas próprias lixeiras”, afirmou Susi.
Artista e dona da Metara, Suzi Cantarino teve a ideia de transformar o lixo descartado no entorno da sua galeria em arte, além de minorar os impactos ambientais resultantes do descarte inadequado de lixo. A partir daí, a artista elaborou um projeto em parceria com o MUHCAB para a realização dos trabalhos, cujos primeiros materiais foram 80 molduras que seriam descartadas pela Metara. O material foi transformado pelos jovens em lixeiras estilizadas.
“Fui instigada por uma inquietação e uma enorme vontade de encontrar uma solução com um modelo de ação que movesse as pessoas, de forma criativa, a jogar o lixo nas lixeiras e não no chão! Assim, idealizei caixas de lixo reciclando o que temos por perto – no nosso caso, molduras descartadas por clientes da Metara -, para transformá-las em obras de arte, feitas por crianças sob orientação de artistas e educadores de arte. Apostamos que a melhor maneira de educação começa dando instrução e elementos práticos, estimulando o lado lúdico desses pequenos para alcançar objetivos, sempre explicando a importância da preservação do nosso planeta, começando pelo nosso habitat. Por que as crianças? São elas, que ao criarem uma caixa de lixo somente delas, vão poder incentivar familiares e amigos a adotarem essa postura de colocar o lixo no lugar certo: as obras que eles mesmos fizeram, sentindo orgulho e disseminando essa conscientização adquirida com os próximos”, explicou Susi Sielski Cantarino, acrescentando que ela e os seus colaboradores pretendem levar para a Pequena África, como é conhecida a região, “movimentos relevantes de conteúdo artístico, contemplando a melhoria da qualidade de vida dos moradores e visitantes”.
As lixeiras estilizadas serão exibidas no MUHCAB após o término da exposição na Metara. Ao fim da mostra no museu, os equipamentos serão devolvidos aos jovens que os produziram.
Fontes: Revista Vislun e Blog do Zé Ronaldo Müller (Imagens)