Secretaria de Saúde do Rio mobiliza ações em campanha pelo Dia Mundial de Combate à Aids

A Prefeitura do Rio estimula testagem e oferece serviços de prevenção e tratamento de pessoas com HIV no Dia D da campanha, que será neste sábado (02/12)

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Foto: Edu Kapps / SMS-Rio

O município do Rio de Janeiro enfrenta um registro de 2.300 novos casos de infecção pelo HIV, o vírus causador da Aids, só neste ano de 2023, resultando em uma taxa de detecção de 33,9 a cada 100 mil habitantes. E além disso, desde o início do ano, foram reportados 409 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 6 a cada 100 mil pessoas. A Aids persiste como um grande desafio para a saúde pública, ainda que o número de mortes não seja tão elevado quanto nas décadas de 80 e 90, demandando cuidados contínuos de prevenção e tratamento para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes e evitar novas contaminações.

Na atualidade há 42.850 pessoas vivendo com o HIV e que recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade do Rio de Janeiro, com todos os medicamentos fornecidos de forma gratuita. As mais de 230 unidades de Atenção Primária, incluindo Clínicas da Família e Centros de Saúde Municipais, oferecem serviços de testagem para a população.

No contexto do Dia Mundial de Luta contra a Aids, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lançou o Boletim Epidemiológico HIV/Aids no município, disponível no portal EpiRio (https://epirio.svs.rio.br/). O boletim destaca os desafios trazidos pelos novos casos, mas também os progressos nas ações de prevenção, como o aumento significativo no número de usuários testados, passando de 278.605 em 2021 para 304.667 em 2023 até o momento. A testagem é uma das medidas essenciais para prevenir a transmissão do vírus, possibilitando o início imediato do tratamento e a administração de orientação e medicação, incluindo a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um retroviral utilizado por pessoas não infectadas pelo HIV para evitar a infecção durante a relação sexual.

A PrEP é recomendada para grupos mais vulneráveis, como casais sorodiscordantes, homens que fazem sexo com homens, entre outros casos. Seu uso regular reduz em até 95% o risco de infecção pelo HIV. Com a ampliação da oferta desse método na rede municipal, o número de pessoas utilizando a PrEP aumentou de 1.305 para 7.279 entre 2021 e 2023. Todas as unidades de Atenção Primária no Rio de Janeiro estão capacitadas para oferecer orientação sobre o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, além de prescrever a PrEP conforme a necessidade. Pacientes com HIV podem buscar tratamento e medicação em qualquer unidade de saúde, sem a obrigação de se limitar à sua unidade de referência.

“O município tem avançado na redução da carga viral, temos hoje quase 80% dos pacientes com HIV vivendo com carga viral indetectável, fazendo uso de antirretrovirais. Todas as nossas 238 unidades de saúde estão preparadas para esse atendimento e é fundamental que a população se previna, se teste e busque tratamento. É preciso que as pessoas tenham consciência que é com a prevenção e com a testagem que conseguimos evitar a disseminação desta doença, que ainda é um problema de saúde pública” disse o Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz.

E para enfrentar os desafios ainda impostos pelo HIV, a SMS trabalha com a chamada prevenção combinada, que associa diferentes métodos e ações de prevenção ao vírus, como testagem, prevenção da transmissão vertical (da gestante soropositiva para o bebê), tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais, imunização para as hepatites A e B, redução de danos para usuários de álcool e outras drogas, Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), Profilaxia Pós-Exposição (PEP), tratamento para as pessoas que já vivem com HIV, dispensação de preservativos (este ano já foram distribuídos mais de 12,7 milhões de preservativos masculinos). Os métodos estão disponíveis nas unidades de Atenção Primária e no novo Centro de Prevenção Combinada, que funciona em horário ampliado, de domingo a domingo, das 7h às 22h, no Complexo de Saúde de Botafogo, na Rua General Severiano n° 91.

“O Boletim Epidemiológico deste ano deixou bem claro que a informação é fundamental no combate a essa infecção. Então, se hoje ainda temos dados elevados, principalmente entre os jovens, isso parte da desinformação. Hoje já temos tratamentos como PrEP e PEP nas unidades de saúde, mas é preciso reforçar principalmente a testagem. Quem tem uma vida sexualmente ativa, tem que testar sempre. Quanto antes o diagnóstico vier, melhor vai ser o tratamento e a qualidade de vida. Tem que testar para saber e, para saber, tem que testar” completou o Coordenador-Executivo da Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson.

A SMS também amplia o acesso à testagem com a ação VanBora!, uma van com equipe de saúde que circula nos principais pontos de aglomeração, em festas e eventos, levando testagem, orientação e vacinação para o público presente.

Dezembro Vermelho: Mês de Conscientização

Durante todo o mês, a campanha promoverá ações para engajar profissionais e usuários para a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e o cuidado integral à saúde. O Dia D da campanha será neste sábado (02/12) com mobilização nas unidades de Atenção Primária das 8h às 17h.

Confira a programação do Dezembro Vermelho no link: https://saude.prefeitura.rio/noticias/unidades-de-saude-realizam-acoes-para-marcar-o-dezembro-vermelho/

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