Efeitos da alimentação rica em gorduras e açúcares na infância ocasionando doenças como ansiedade e depressão, os impactos da poluição do plástico no ambiente aquático e o corredor de transmissão de vírus entre países como Brasil e Angola são alguns dos temas de pesquisas das ganhadoras da 18ª edição do programa Para Mulheres na Ciência. Desde 2006, com o objetivo de promover o equilíbrio de gênero e incentivar a participação feminina na ciência, o Grupo L’Oréal no Brasil, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências e a UNESCO no Brasil, premia anualmente sete brasileiras com projetos científicos em diferentes áreas.
As ganhadoras do Para Mulheres na Ciência 2023 vão receber o prêmio em cerimônia fechada que será realizada no Centro de Pesquisa e Inovação do Grupo L’Oréal no Brasil, no Rio de Janeiro, nesta segunda, dia 4 de dezembro.
As vencedoras recebem uma bolsa-auxílio de R$50 mil, que é destinada para que elas possam desenvolver seus projetos em instituições nacionais no período de 12 meses. Os projetos contemplam questões de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências Matemáticas – categorias que são julgadas por membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
“O Grupo L’Oréal tem o compromisso de empoderar meninas e mulheres ao redor mundo. Hoje, mais do que nunca, é fundamental garantir ferramentas necessárias e ambientes seguros para todas as mulheres cientistas, além de engajar jovens a enxergarem um futuro possível na ciência. Cada vez mais, sabemos que a ciência tem um papel-chave na solução dos grandes desafios do mundo. Por isso, há 18 edições, reforçamos a nossa crença de que o mundo precisa de ciência, e a ciência precisa de mulheres. Nesses anos em que tenho acompanhado de perto o Prêmio, sendo parte do júri, e as suas laureadas, tenho visto o quanto a visibilidade que ele dá a essas cientistas pode dar um impulso em suas carreiras cientificas.” diz Cristina Garcia, Diretora de Pesquisa Avançada e Comunicação Cientifica da L’Oréal Pesquisa e Inovação América Latina.
Na categoria “Ciências da Vida”, as premiadas foram Flávia Figueira Aburjaile, Jade de Oliveira, Jaqueline Góes de Jesus e Raquel de Almeida Ferrando Neves; “Ciências Químicas”, a vencedora foi Tayana Tsubone; em “Ciências Físicas”, Verônica Texeira foi reconhecida; e, em “Ciências Matemáticas”, ganhou Carla Lintzmayer.
Dentre os premiados, se destaca a pesquisadora na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Raquel de Almeida Ferrando Neves, que foi premiada na categoria de Ciências da Vida com seu projeto sobre o impacto da poluição por plásticos em organismos de ambientes aquáticos, como mexilhões, ouriços e peixes. O objetivo principal é avaliar como a poluição afeta os serviços ambientais fornecidos pelos sistemas aquáticos e, em consequência, impactam negativamente a população humana.