As obras de revitalização do Mercadinho São José, situado em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, deram início nesta quarta-feira (06/12), marcando um novo capítulo na história deste espaço que completará 80 anos no próximo ano. E a previsão é que as intervenções sejam concluídas até dezembro do ano que vem, promovendo uma significativa transformação no espaço e na região.
Um consórcio formado pelas empresas Engeprat e Junta Local foi escolhido para gerir o espaço pelos próximos 25 anos. O contrato de concessão, assinado pela Prefeitura do Rio no mês de setembro, estipula uma outorga mensal de R$ 5 mil além de 10% do faturamento gerado por patrocínios, publicidade e eventos. O investimento privado previsto para readequação e requalificação do espaço é de aproximadamente R$ 8,5 milhões.
A iniciativa de revitalização teve seu início após a compra, pela Prefeitura do Rio, do prédio e terreno ao lado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por R$ 3 milhões. O processo envolveu uma negociação entre o Prefeito Eduardo Paes e o Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) conduziu um chamamento público que contou com a participação de três grupos. No fim da análise técnica das propostas, a comissão selecionou o vencedor com base no projeto mais adequado para o uso gastronômico e cultural, no maior valor de investimento e na melhor outorga oferecida.
As obras incluem a climatização do pátio interno, uma cobertura renovada, uma área de convívio aberta no terraço e três pavimentos adicionais no prédio anexo ao mercado. Essas estruturas permitirão a realização de eventos culturais, restaurantes e feiras.
História e Abandono
A história do Mercadinho São José remonta a 1942, quando o então Presidente da República Getúlio Vargas decidiu transformar suas baias em um mercado para disponibilizar alimentos mais acessíveis à população durante a Segunda Guerra Mundial.
E após anos de abandono a partir dos anos de 1960, o espaço passou por uma revitalização em 1988, foi declarado patrimônio em 1994 e, desde então, tornou-se um ponto emblemático na comunidade, abrigando diferentes atividades comerciais, restaurantes e eventos culturais. Mas com o passar dos anos, a infraestrutura começou a se deteriorar, culminando no fechamento em 2018, estado em que permaneceu desde então.