Danielle Lucia Sardinha de Souza, conhecida simplesmente por Danielle Sardinha, tem 40 anos, é moradora de Santíssimo e tem nas habilidades de gestora cultural uma outra vertente profissional, além do canto lírico, que lhe permitiu criar o projeto Cidadania Sinfônica Opera Studio – Cortina Lírica.
Juntamente com seu marido, o maestro Rafael Rocha, Danielle Sardinha fomentou uma iniciativa em prol da ópera com o objetivo de divulgar, aproximar e, até quem sabe, atrair novos artistas para o gênero, que é considerado por muitos muito elitista.
“A possibilidade de mostrar para quem vem das camadas sociais de baixa renda que há um mundo dentro da música erudita e acessível é o que nos move. Toda minha formação foi na esfera do ensino público. Evidenciar através de apresentação de cenas, o que chamamos de Cortina Lírica, de óperas entremeadas por explicações de componentes do gênero e gradualmente ir ampliando o entendimento da plateia, seja jovem ou público que quer apenas apreciar para contemplar o gênero, é o que nos inspira a fazer o Cidadania Sinfônica.” declara Danielle Sardinha.
Soprano, mestranda na área de Práticas Interpretativas em Música, com especialização em ópera, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Bacharel em canto lírico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) credencia Danielle Sardinha para liderar esse projeto que já completou em 2023, 20 anos de estrada.
Para celebrar essa linda trajetória, no próximo dia 11 de dezembro, segunda-feira, no Salão Assyrius, no Theatro Municipal Rio de Janeiro, será realizado uma edição do projeto, no qual o público terá contato com trechos encenados das óperas “As Bodas de Figaro” e “O barbeiro de Sevilha”, baseadas nas histórias do dramaturgo Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, interpretado pelo ator Mário Faini que de forma descontraída contextualiza a plateia. Mário Faini também faz a direção cênica do espetáculo, tendo a direção artística do Rafael Rocha.
Esta produção conta com Eliara Puggina, que é pianista co-repetidora na UniRio e tem várias participações em produções operísticas com realização do Theatro Municipal do RJ, bem como com o barítono Pedro Olivero, integrante do Coro do TMRJ, na direção musical, além da própria Danielle Sardinha no elenco. O patrocínio é do Banco Santander e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
E a ideia é cada vez mais ampliar o projeto Cidadania Sinfônica Opera Studio, que hoje, conta com três polos. Em Nova Iguaçu é oferecido mais de 100 vagas para estudantes de aulas de balé, canto, capoeira, violão, teclado, desenho, libras e teatro. Em Campo Grande começam no dia 15 de dezembro, as inscrições para alunos das escolas da região começarem a estudar entre março e abril de 2024 e na Tijuca, está o Madrigal Tijucano, formado por 11 cantores, e vai iniciar uma escola de música em março (inscrições também começam 15 de dezembro).
“Creio que a maior motivação par criar o projeto tenha sido o ato de incluir, abrir cada vez mais o entendimento e a construção de que a música clássica, a ópera, a integração de sinfônicas, é para todos, de todas as camadas da sociedade, já que aí entra a educação e a difusão dessa cultura em sentido de que a gente costuma se afastar do que a gente não compreende. E ao compreender, permitimos que a emoção nos preencha.” afirma Danielle Sardinha.
Para acompanhar o projeto e a agenda de suas atividades basta acompanhar sua homepage https://cidadaniasinfonica.org.br/