A palavra “criptografia” já foi ouvida pela maioria de nós, em um momento ou outro, mas o seu real significado pode acabar se perdendo em um oceano de termos. Aqui, vamos procurar esclarecer questões.
Precisa descobrir como montar um móvel? Existe um vídeo para ensiná-lo. Está buscando informações sobre um restaurante que acabou de abrir? Uma rápida pesquisa o ajuda. Deseja contratar serviços de carregamento durante a mudança? Sem problemas, há o contato de profissionais à disposição.
Esses são somente alguns exemplos que mostram que informações nunca foram tão fáceis de serem encontradas. Naturalmente, existe um contraponto a essa conveniência, na forma das fake news ou recolhimento de dados sensíveis por parte das redes sociais. O conforto vem aliado à insegurança.
Boa parte dessas tarefas tem relação direta com a criptografia, uma área de estudos existente há séculos, mas a qual se modificou drasticamente com o advento da internet e posterior expansão das redes sociais. Nesse texto nós vamos analisar algumas das principais implicações dessas tecnologias.
O que é a criptografia?
Em um artigo publicado pela ExpressVPN, a criptografia é definida como uma área de estudos que desenvolve maneiras de se comunicar com um interlocutor exclusivo, sem que terceiros interceptem o conteúdo da mensagem. Técnicas de criptografia existem pelo menos desde o século VII a.C.
No passado, a criptografia era executada a partir de códigos analógicos, onde uma mensagem só era capaz de ser compreendida se o destinatário soubesse como traduzi-la. A criptografia nos dias atuais mudou muito, mas esses princípios básicos de informações indecifráveis ainda se fazem presentes.
Entre outras coisas, a criptografia é essencial à segurança de dados, já que informações pessoais que caiam nas mãos erradas tem potencial de prejudicar múltiplos indivíduos. Por conta disso, discussões sobre este tópico vem se tornando cada vez mais frequentes, dentro e fora das principais redes sociais.
Quais são os usos da criptografia na internet?
De maneira um pouco simplista, é possível afirmar categoricamente que todas as atividades que vivenciamos na internet incorrem, de uma forma ou de outra, no uso de tecnologias de criptografia. Um exemplo óbvio é o Telegram, um aplicativo de mensagens instantânea com funções inovadoras.
Embora até aqui tenhamos nos focado nos aspectos mais negativos da inserção de dados pessoais na internet, a criptografia acaba sendo a nossa protetora. É somente por conta desse campo que informações como endereço, números bancários e conversas particulares são protegidas de terceiros.
Existem falhas, é claro, e hackers são eventualmente capazes de superar alguma barreira imposta, mas a batalha pela proteção de dados é uma via de mão dupla: os invasores melhoram, mas a segurança também é reforçada. Por conta disso, é imprescindível que apps se mantenham atualizados.
Qual é o futuro da criptografia na internet?
O futuro da criptografia na internet está diretamente ligado às frequentes regulamentações sobre a maneira como informações pessoais são compartilhadas pelas gigantes tecnológicas. Dados de uso das redes sociais são vendidos para corporações, a fim de que elas criem anúncios mais direcionados.
Indo na contramão, iniciativas como as vistas nos VPN, os quais permitem um uso completamente anônimo da internet, servem como um oásis para aqueles que buscam a privacidade. Isso não significa que ainda não estamos “amarrados” às redes abertas, mas mostra um novo caminho a ser seguido.
Talvez os próximos passos sejam um mix de tudo o que aprendemos até aqui, com empurrões cada vez mais significativos para que os dados pessoais de usuários nas redes sejam protegidos. Isso, porém, só é possível se existir conhecimento e interesse por parte daqueles que utilizam a internet.
Diante de problemas tão maiores do que nosso próprio uso individual da internet, é fácil perceber o porquê de a criptografia ter uma história antiga e cheia de reviravoltas. Conforme o mundo avança, o seu papel se modifica levemente, sem jamais abandonar os princípios de proteção de mensagens.
É correto dizer que, atualmente, é impossível viver de maneira confortável em espaços urbanos sem o acesso à internet. Seja para trabalhar, manter um contato com amigos ou contratar serviços, ceder informações acaba sendo um mal necessário, cujas consequências a longo prazo ainda são incertas.