Depois de anos juntos, podemos ter duas impressões sobre nossos parceiros: a primeira é de que ele mudou completamente; e a segunda, de que continua igualzinho como sempre foi.
A verdade é que essas duas situações podem ocorrer. Vamos falar da primeira antes.
Quando estamos há anos em um relacionamento, tendemos a nos desenvolver, adquirir novos hábitos, gostos e até prioridades. Faz parte do processo nos tornarmos mais sofisticados intelectualmente, aprender com nossos erros e nos tornarmos mais maduros. Afinal, somos seres em eterna transformação.
Nesse processo de evolução de ambas as partes, o desafio é se reconectar o tempo todo, porque sempre existe o risco de cada um seguir por um caminho distinto, já que a evolução é imprevisível e não tem um trajeto definido. Imagine uma estrada que encontra uma bifurcação e vai se distanciando cada vez mais uma da outra, sem que os tripulantes percebam.
É nessa jornada que a comunicação, o compartilhamento de metas e objetivos devem ser constantemente realinhados.
Agora, se já é desafiador duas pessoas evoluírem e trabalharem para não se desconectarem, imagine quando uma das partes resolve nem pegar esse caminho da evolução…
Infelizmente, é aí que entra a segunda situação: quando a outra pessoa não mudou em nada. Nesse caso, a consistência não é um sinal positivo, pois indica que a pessoa ficou parada no tempo e não evoluiu, continua a mesma de anos atrás, com as mesmas manias e imaturidades.
Vejo muito isso acontecer nos meus atendimentos. Mais do que gostaria. O impacto que isso tem nos relacionamentos é que, teoricamente, ambas as partes deveriam evoluir juntas. Mas, se apenas você evoluiu, a sensação de distanciamento e desconexão se torna um abismo enorme entre vocês dois, cada vez maior.
As expectativas que você tem do outro, seja de parceria, de querer constituir uma família, ou até de ajudar em tarefas de casa, se tornam cada vez mais frustradas, porque quando você evolui, suas expectativas também evoluem e aumentam.
E aí vem o fatídico: “Quando você me conheceu, eu já era assim.”
Nem preciso dizer que se esse for o argumento do seu parceiro ou parceira, você deve reavaliar onde vocês vão estar em 1 ano ou até 5 anos, porque se você estiver no caminho da evolução e maturidade e a outra pessoa não estiver, prepare-se para escutar essa frase como justificativa sempre que você se queixar ou esperar uma mudança de comportamento.
Essa frase tem o poder de eximir o outro da responsabilidade da mudança.
A grande questão é: Você vai aceitar?
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