Chicão Bulhões: 2024 – novo ano deve coroar muitas conquistas recentes do Rio

Chicão Bulhões fala sobre as perspectivas da economia do Rio de Janeiro para o ano de 2024 e projeta um ano de crescimento com arrecadação e turismo provenientes de grandes eventos

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Foto: Marcelo Piu (Prefeitura do Rio)

Estamos na primeira quinzena do ano, em que ainda reverberam os sons dos fogos e as comemorações pacíficas da virada de 2023 para 2024. Foi uma festa segura, tranquila e alegre, que gerou um impacto de R$ 3 bilhões na economia, segundo o estudo “Réveillon em Dados”, com 5 milhões de pessoas espalhadas nos 12 palcos montados na cidade, gerando pelo menos 50 mil empregos.

A festa da virada do ano é a segunda maior da cidade, perdendo somente para o Carnaval, que já colocou seu bloco na rua e vai até a Quarta-feira de Cinzas, dia 14 de fevereiro. Mas olhando ainda para os últimos dias, podemos dizer que o Réveillon brindou um 2023 de excelentes notícias para o Rio, em diversos quesitos: aprovação de legislação que permitirá a revitalização do Centro, avanço nas obras do Porto Maravalley, forte retomada dos eventos culturais e eventos de negócios, além da recuperação do aeroporto Galeão. Foi ainda um ano de notícias positivas no mercado de trabalho, afinal, a cidade do Rio atingiu seu recorde de população com algum tipo de ocupação: 3,3 milhões de cariocas.

Com tanto trabalho pela cidade e com a realização de grandes eventos, em 2023 o Rio atraiu mais gente de outros estados e de fora do país, registrando recordes de arrecadação do turismo em meses como fevereiro, com o Carnaval, perdendo somente para o período da Copa do Mundo, e maio, com a realização da primeira edição carioca no maior evento de tecnologia do mundo: o Web Summit. O Rio arrecadou quase R$ 350 milhões de impostos (ISS) de turismo e eventos no ano passado, o que equivaleu a R$ 100 milhões a mais do que no período pré-pandemia.

Os dados são da Secretaria de Fazenda e Planejamento (SMFP), na série histórica iniciada em 2011, e foram compilados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE). Com base nos números, foi possível calcular ainda o impacto de shows como do Coldplay, Paul Mc Cartney, RBD, The Wekeend, Red Hot Chilli Peppers, Ivete Sangalo, Ludmilla e da campeã de venda de ingressos, Taylor Swifit.

Batemos recorde de público e venda com a Bienal do Livro, que completou 40 anos, e tivemos também edições de grande sucesso do Rio Innovation Week e do Rio2C, para citar alguns. Para 2024, a expectativa é que a economia se mantenha bastante aquecida. Ainda no primeiro trimestre do ano vamos entregar as obras do Porto Maravalley, onde funcionará o IMPA Tech – a primeira graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) – e um hub de tecnologia que reunirá grandes empresas e startups na região do Porto Maravilha.

Também teremos nesse início de ano a entrega de chaves das primeiras unidades residenciais do Centro, beneficiadas pelo programa Reviver Centro, que visa atrair moradores para aquela região. Avançaremos ainda mais na revitalização da região, com os projetos culturais e cervejarias que irão ocupar as ruas do Centro da Cidade, dando nova vida ao local tão importante da cidade.

O Rio também vai virar uma área de testes de projetos inovadores com a implementação dos primeiros projetos do Sandbox.Rio, com drones aéreos e terrestres sendo usados na entrega de produtos, e com o funcionamento de um posto de energia elétrica para veículos motores, em ruas da zona sul e Barra.

Somos a capital do mundo, ao assumirmos a presidência do G20 nesse ano de 2024. Receberemos chefes de estado para debatermos os problemas sociais. Na temática de economia verde, fizemos o maior incentivo fiscal do mundo – o Programa ISS Neutro –, a nível municipal, para o mercado voluntário de crédito de carbono, que também será uma das grandes discussões das reuniões internacionais.

Seremos palco de grandes eventos de tecnologia, como a 2ª edição do Web Summit Rio, o Startup20, o Rio2C e o Rio Innovation Week. Teremos uma edição histórica do Rock in Rio, em setembro, que completa 40 anos de existência.

Para receber autoridades, empreendedores de outras partes do país e do mundo é fundamental termos um aeroporto internacional forte. Não à toa viemos trabalhando junto com o prefeito Eduardo Paes desde 2021 para achar uma solução para o Galeão. A limitação de passageiros no Santos Dumont, defendida por nós e instituída pelo governo federal, já mostrou efeito – só nas festas de fim de ano, o movimento no Galeão aumentou 85%, com 530 mil pessoas a mais no terminal, antes vazio.

A boa safra de eventos e a vitória do Rio na luta pelo reequilíbrio do setor aeroportuário no Rio, com a coordenação do número de passageiros entre Santos Dumont e Galeão, reflete nos números do turismo. No ano passado, o Rio recebeu 6,0 milhões de turistas, o dobro em comparação com 2022 (3,0 milhões) – entraram na cidade 1,3 milhão de turistas internacionais contra 653 mil no ano anterior. Já os turistas nacionais somaram 4,8 milhões em 2023, o equivalente a duas vezes os 2,4 milhões de 2022.

Sabemos os desafios que temos de enfrentar no dia a dia para continuarmos a crescer, gerar emprego, atrair turistas e, principalmente, continuar a cuidar na nossa cidade, e dos cariocas, com carinho. Mas seguimos confiante e, o mais importante, com muito trabalho.

Que todos tenham um excelente 2024!

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1 COMENTÁRIO

  1. Pois é, mas paralelamente, lemos a notícia da proposta de renúncia de ICMS sobre compras dos viajantes estrangeiros, um golpe duro contra a população do Estado, especialmente das pequenas cidades do interior que dependem de repasses. Por mais que os habitantes da cidade do Rio se beneficiem com a presença dos viajantes, o que é bem vindo, o restante da população do Estado não pode ser negligenciado. Aliás, precisamos urgentemente de um projeto sério de interiorização da população, pois a região em torno da baía de Guanabara é ultra populosa, enquanto há inúmeras outras cidades no Estado com menos de 100 mil habitantes. O desenvolvimento do interior só ocorrerá com investimentos públicos, particularmente do governo Estadual, e abrir mão de receita neste contexto é um contrassenso.

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