O clube carioca Casa da Espanha, conhecido por suas raízes tradicionais, vai a leilão em fevereiro. Estrategicamente localizado aos pés do Cristo Redentor, na Rua Maria Eugenia, no bairro do Humaitá, o clube, que há décadas é palco de eventos sociais e esportivos que celebram a cultura espanhola, enfrenta agora um desafio financeiro.
Inaugurada nos anos 1980, a Casa da Espana tem um histórico ilustre, tendo recebido a visita do rei Juan Carlos I e da rainha Sofia como convidados de honra. No entanto, atualmente, o clube de 12.728 metros quadrados está afundado em dívidas trabalhistas. O lance inicial para adquirir o imóvel é estabelecido em mais de R$ 93 milhões.
Ao longo dos anos, a instituição se consolidou como uma difusora significativa do legado espanhol. Oferecendo uma ampla gama de atividades culturais, como aulas de castelhano, dança flamenca, gaitas galegas, cinema, teatro, exposições, palestras e eventos de negócios, a Casa da Espanha tornou-se um ponto de encontro essencial para os entusiastas da cultura espanhola no Rio de Janeiro.
As instalações do clube são impressionantes, abrangendo um conjunto de três pavimentos, estacionamento coberto com três níveis e 90 vagas de garagem, edificações com diversas lojas, cinema, espaço de coworking, ginásio com quadra poliesportiva em três níveis e um parque aquático com piscina semiolímpica e infantil, ocupando uma área de 12.694 metros quadrados.
Fundado em 27 de março de 1983, a Casa da Espanha é o resultado da fusão do Centro Espanhol do Rio de Janeiro (criado em 1951) e da Casa de Galícia (1947). Além de suas facetas esportivas e sociais, o propósito da instituição é enaltecer, divulgar e preservar a rica identidade espanhola no Brasil. No entanto, agora, a rica história do clube enfrenta um capítulo desafiador com o leilão e as dificuldades financeiras que o envolvem.
