O sistema de identificação facial da Polícia Militar será implantado pelas concessionárias Supervia, Metrô, Barcas e CCR Via Lagos, para combater a criminalidade no Estado do Rio. A medida é resultado do acordo assinado pelo governador Cláudio Castro (PL) e representantes das empresas, nesta segunda-feira (22).
Com o acordo mais de 1.000 câmeras de vídeo passarão a integrar o sistema, que atua à procura de criminosos foragidos da Justiça, com mandados de prisão em aberto. Os equipamentos devem entrar em operação antes do Carnaval.
“Hoje o Governo do Estado do Rio de Janeiro tem um CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) moderno e equipamentos com capacidade de fazer a diferença na vida da população. Essa integração de câmeras, de imagens, fará com que a gente possa melhorar não só a segurança pública, mas usar os equipamentos também no trânsito, no auxílio ao salvamento de pessoas, ou seja, em diversas perspectivas”, ressaltou Castro, que investiu mais de R$ 18 milhões em equipamentos e softwares.
Para o secretário de Estado da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, a operação das 1.000 câmeras vai otimizar o policiamento ostensivo e dar mais segurança a foliões e turistas durante o Carnaval deste ano.
“Essa é a concretização de um projeto que vem sendo construído há dois anos. Certamente será muito útil no trabalho ostensivo diário”, afirmou o militar, acrescentando que o sistema está sendo testado há três semanas.
O videomonitoramento, baseado em inteligência artificial, funcionará a partir da rede de fibra ótica da Agetransp, que reúne câmeras de monitoramento das concessionárias agora parceiras da PM. As imagens captadas serão transmitidas para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde a equipe de fiscalização da agência também atua. Por meio de foto, vídeo ou captura em tempo real, a polícia pode chegar à identidade de um criminoso através de cruzamento de dados.
O conselheiro presidente da Agetransp, Adolfo Konder, adiantou que, com a entrada do sistema de câmeras em operação, a sensação de segurança por parte da população tenderá a aumentar, especialmente nos transportes públicos, onde os criminosos se sentirão inibidos para agir, acredita Konder.
Reconhecimento Facial
O Governo do Estado tem investido no videomonitoramento por reconhecimento facial desde o ano passado. No Réveillon de Copacabana, um suspeito de tentativa de homicídio foi identificado. Vários pontos da cidade já contam com 112 câmeras realizando o monitoramento em tempo real.
A policiais militares e civis estão usando câmeras instaladas em seus uniformes, para garantir a lisura das operações. Entre os PMs, 12.719 agentes já estão usando câmeras portáteis. Nesta segunda-feira, 100 policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) começaram a utilizar bodycams em seus uniformes.
Ao identificaram um suspeito, os agentes que trabalham no CICC acionam os policiais de plantão nas proximidades do alvo identificado. A comunicação entre os servidores é realizada através da câmera instalada no uniforme do policial. A verificação da identidade de um suspeito é feita através do acesso às imagens dos bancos de dados da Polícia Civil e do Detran-RJ.