Com 14 feriados em 2024 (10 nacionais, 2 estaduais e 2 municipais), sendo 9 em dias de semana e 3 consumidos pelo período de Carnaval, mais os dias com possibilidade de ”enforcamento”, o comércio varejista da cidade do Rio de Janeiro pode perder mais de R$ 7 bilhões em vendas no ano.
Cada dia parado representa uma estimativa média de prejuízo de cerca de R$ 510 milhões. Levando em consideração os prolongamentos, ao longo do ano, o comércio terá mais de 15 dias de movimento prejudicado com as lojas fechadas.
A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município (SindilojasRio).
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente tanto do CDLRio quanto do SindilojasRio, apesar dos acordos feitos com o Sindicato dos Empregados do Comércio que permitem que as lojas funcionem, os feriados do ano e seus possíveis prolongamentos acabam por penalizar lojistas, principalmente os de rua, os quais sofrem mais, especialmente no Centro da cidade, onde o cenário é de deserto.
”Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. Podem ser mais de 15 dias de vendas que não se realizam. E não são apenas os empresários lojistas que são impactados com isso. Perdem os comerciários que deixarão de laborar; o próprio consumidor que não pode comprar e o governo que deixa de arrecadar impostos. No caso dos comerciários, estimativa do CDLRio e do SindilojasRio mostra que eles podem perder quase um salário no ano, um verdadeiro 14º. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, diz Aldo .
É fácil dar uma solução para problema – se é que é um problema mesmo -: tarifa zero no transporte coletivo aos domingos e feriados nacionais. Mais gente na rua, mais consumo, mais vendas. Fácil, fácil! E nem me venham com o Estado ressarcindo os empresários (honestíssimos, né?) pela receita não cobrada nas roletas: a vida já tá muito molezinha pra esses sanguessugas do transporte público.
Falando nisso, fiquei sabendo recentemente que os donos da CCR (aqueles mesmos, que ficam dizendo que o transporte das barcas não atende às expectativas de lucro deles) são os mais novos incluídos na lista dos maiores bilionários brasileiros. Vejam só, né, parece que isso não basta e eles querem mesmo é o topo da lista. Tudo às custas do sacrifício dos usuários do serviço e dos contribuintes fluminenses.
Se qualquer leitor procurar o balanço do Grupo CCR vai observar que o negócio de navegação (somente as Barcas Rio) dá um prejuízo enorme %. Plenamente compensado com os negócios de aeroportos, metrôs, pedagios e VLT. O problema sempre reside na falta de obrigatoriedades e o financiamento 100% governamental. Esse tipo de empresa não tem risco, se perder $ ela entrega a concessão e não paga o financiamento. Simples.
Trocando em miúdos, o modelo de concessão garante receita para o empresário privado e não protege o consumidor. As tarifas aumentam encarecendo a vida das pessoas. O sistema não é nenhuma maravilha (que o digam, por exemplo, os moradores de Paquetá). O transporte é limitadíssimo ou não funciona em horários alternativos (fora do comercial). Para quem usa estradas, o pedágio é um verdadeiro roubo.
Curiosamente, os investidores do grupo estão cada dia mais ricos. É um modelo perverso que preciso vir a baixo, e logo!
Seria necessário um melhor aprofundamento disso, pois as entidades empresariais sempre reclamam dos dias parados mas sempre apresentam que a perda é 100% enquanto não é analisada a dispersão do consumidor em datas antes e depois para suprir necessidades. O argumento fica “empenado”. Afinal de contas, se o comércio em geral fecha no Carnaval, como fica a cervejinha? Tem que se antecipar, certo, então é evidente que o indivíduo se redireciona. Fora as economias com o comercio fechado, menos consumo e insumo utilizado. Se for assim e a sociedade ficar obrigada a 365 dias de trabalho por ano e sem férias, como fica o turismo? Não fica, certo?