O Rio de Janeiro enfrenta, nos primeiros meses do ano, o desafio das temidas chuvas de verão, que, cada vez mais intensas, demandam uma atenção redobrada da população. Enchentes, desabamentos e quedas de árvores são riscos eminentes, e nos condomínios, a necessidade de uma gestão proativa é crucial para garantir a segurança dos moradores.
A prevenção deve ser a palavra de ordem para os síndicos durante o período de chuvas intensas. Adotar ações preventivas, realizar manutenções adequadas nos condomínios, elaborar planos de contingência e estar atentos às coberturas de seguro são passos fundamentais. Dentre as principais recomendações estão a limpeza de calhas, ralos e grelhas, inspeção das caixas de esgoto e drenos nos jardins, verificação de toldos, coberturas, telhados e antenas, cuidado com a saúde das árvores e arbustos com solicitação de podas quando necessário, manutenção de bombas de escoamento, campanhas de conscientização sobre o lixo, inspeção no sistema de iluminação de emergência e manutenção e contenção das encostas.
Anna Carolina Chazan, gerente geral de Gestão Predial da administradora Estasa, que atende mais de 700 condomínios no Rio, destaca a importância da supervisão em edifícios em encostas. “A manutenção depende de empresas especializadas em geotécnica ou em estrutura, dependendo das condições da área a ser vistoriada. O tema também não é muito claro em relação às normas que definem os prazos para esses reparos. Além disso, poucos síndicos têm informações sobre o assunto, até mesmo sobre de quem é a responsabilidade da conservação. É importante consultar os órgãos públicos, como a Geo-Rio, e verificar na documentação do condomínio qual o limite do terreno para que se certifique dessa obrigação.”
Síndico de um condomínio na Lagoa, na Zona Sul, Márcio Barbalat, ressalta a vigilância constante durante as épocas de chuva. “Mantenho as calhas limpas e realizo vistorias regulares. Acima do meu condomínio, temos três calhas, e contamos com um serviço contratado para a limpeza periódica”.
O condomínio é localizado às margens da Avenida Epitácio Pessoa e dá fundos para uma encosta do Parque da Catacuma. “Nosso muro de contenção caiu. Hoje, estou com um processo administrativo na Georio, pois a manutenção, mesmo que particular, precisa da autorização já que é o órgão fiscalizador”, afirma Márcio.