Pensei em vários títulos para este artigo: “Cláudio Castro – Ex-governador em exercício“, “A crise de imagem de Cláudio Castro“, ou “Por que Cláudio Castro não faz nada para melhorar sua imagem“. Todos giram em torno do mesmo tema: o governador Cláudio Castro passa a impressão de que não é o governador de fato do Rio de Janeiro e não parece se importar com isso. As notícias da última semana servem para reafirmar isso, não que ele esteja perdido ou seja um mau governador, mas sim que lhe falta vontade de governar.
A viagem de Castro e sua família para a Disney em janeiro, período de chuvas e desastres em todo o estado que ele governa e foi eleito em primeiro turno, mostra uma desconexão com a realidade não esperada de um homem público. E apesar de ter que voltar rapidamente de Orlando para o Rio de Janeiro, ainda assim continua construindo sozinho suas próprias crises. Nesta sexta-feira, 9/2, enquanto seu governo sofre alguns solavancos, viajou para a abertura do Carnaval da Bahia e ainda foi publicado como notícia positiva. Seria uma nota neutra, se a semana não estivesse particularmente problemática.
Um subsecretário de Castro, Victor Travancas, fez várias denúncias contra o próprio governo em que atua. Disse, inclusive, que era refém, já que teria pedido exoneração e ela não fora publicada. Foi dele o vazamento de que o camarote do governo do Rio na Sapucaí custaria R$ 3 milhões, retirados do orçamento para os teatros públicos. Mesmo não sendo alguém de confiança, Travancas virou subsecretário de Compliance. Seria até de parabenizar o governador, se não existisse a Controladoria Geral do Estado no organograma, cujo trabalho conta com profissionais exatamente com essa competência, os auditores que fizeram prova e, com liberdade, são capazes de defender o patrimônio do estado.
Depois descobriu-se que Travancas tem uma vendetta pessoal contra o Chefe do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, que também é secretário de Defesa Civil. Não por acaso, a primeira denúncia do subsecretário foi sobre os riscos na Marques de Sapucaí, que havia passado pela inspeção dos Bombeiros e fora aprovada. De acordo com Berenice Seara/Tempo Real, “Travancas levou à Polícia Federal o dossiê que preparou sobre as condições de insegurança da Passarela do Samba — com falta de saídas de emergência, fiação exposta, entre outras mazelas. Apesar das constatações, Leandro manteve o alvará e a liberação da Marquês de Sapucaí para os desfiles das escolas de samba.“. E em uma postagem falou sobre o alto salário de Leandro, quase R$ 60 mil.
E quem viajou com Claudio para Salvador? O próprio Leandro Monteiro! Que na agenda oficial não falava da viagem, apenas que estava em agenda externa com o governador. Nenhum problema, com exceção de ter sido escolhido o pior momento. É algo incrível tamanho amadorismo em um governo. Em uma crise, deveria-se evitar qualquer tipo de confusão como essa. Afinal, um dos dois deveria ser exonerado: Travancas, que denuncia Monteiro, ou Monteiro, que é o denunciado. Não se pode ter uma casa dividida.
Acontece que Castro virou piada na maioria dos círculos políticos, talvez ele não saiba, já que o poder acaba se fazendo cercar de bajuladores. O que mais se diz é que o governador é Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, que é ele quem nomeia, exonera e comanda o estado. Não importa se é verdade, mas se esta é a impressão do mundo político, acaba-se tornando uma profecia que se auto realiza.
E nem podemos dizer que o governo está no automático, porque não está. É sentido um certo desespero dos empresários pela forma como vem se atuando hoje no estado do Rio de Janeiro, com a sensação de uma falta de comando nunca vista antes. Talvez seja por isso que hoje existam alguns jornais no Rio que são apenas para elogiar o Chefe do Executivo.
É de extrema necessidade que Cláudio Castro tome as rédeas do cavalo, o timão do navio, ou seja lá como você queira falar, do Governo do Rio. Mas mantido as coisas como estão, a ideia é que o governo segue sem comando e sem dar importância às coisas fundamentais. Cada secretaria é um feudo à parte, e muitas com seus próprios escândalos. É como se o governador não fosse o protagonista de seu governo, mas mero figurante e não dos mais importantes.
Isso e o que o estado do rio ganhou de um ex governador que escolheu um fantoche para vice ,que no final virou governador por acaso e o que fez nada. Brinca de governador sem o mínimo conhecimento do que significa governar um estado como o Rio de Janeiro . Não tinha necessidade alguma de ir para Salvador para uma coisa que nem lhe diz respeito ir para Orlando quando o estado estava mais precisando dele , mais vão falar que deixou um vice pamonha como só . E agora como fica , um presidente da Alerj que governa de verdade o estado e em 2026 deve ser o próximo governador já Claudio Castro sera lembrado como um Marcelo Alencar da vida pior governador do estado;
O Diário do Cláudio Castro diz que ele não faz um mau governo, dá um “toque”, coisa e tal…
A realidade é que o que o Cláudio Castro é inócuo, incompetente, fraco e se existe justiça, em breve inelegível.
Um governador Tchutchuca assim é ótimo para quem de fato manda e desmanda no Estado do Rio de Janeiro.
Convenhamos: foi eleito em primeiro turno sem prometer absolutamente nada e está entregando absolutamente nada. Não é “culpa” dele e sim de quem votou.
A venda e o uso da grana da Cedae para se eleger se quer foi levado em consideração pelo carioca, então, que se lasquem…E paguem a taxa caríssima da Águas do Rio em dia para não ficar com o nome sujo, heim!
Verdade. Pouco gente fala disso.
A quem interessa um governador extremamente fraco?
Exato! Não a culpa é de quem votou nele baseado em nada. O que esse homem fez enquanto governador interino? O que ele prometeu em campanha? Todo esse tempo como governador, tendo ele mesmo montado todo o governo e secretarias…O que ele entregou para a população?
– “Ah! Mas era o governador bolsonarista!”
E isso é qualidade ou indício de algo positivo onde? Só se for em Ratanabá.
Cláudio Castro é um não-governante aguardando 2026 para se aposentar. Até lá já vai ter dinheiro mais do que suficiente pra isso.