Ah, o eterno debate: homens e mulheres podem ser apenas amigos? Para muitos, a resposta é imediata: “Não!” Para outros, é uma realidade tão natural quanto ter um irmão. Então, por que essa questão desperta tantas emoções?
Vamos ser honestos. A preocupação de que o parceiro tenha amigos do gênero oposto pode ser um ponto sensível em muitos relacionamentos. Mas, será que devemos encarar essas amizades como uma ameaça? Pessoalmente, não vejo problema algum. Se minha parceira tem amigos homens, especialmente se essas amizades são anteriores a mim, quem sou eu para intervir? Acredito que ditar regras sobre com quem nossa parceira ou parceiro pode ser amigo não é apenas controlador, mas também potencialmente abusivo.
Mas, por que “potencialmente abusivo”? O controle sempre começa parecendo justificável. Você diz que fulano ou fulana tem segundas intenções, mas daqui a pouco, isso extrapola para todas as amizades com o “sexo oposto”. Quando você menos espera, você podou todas essas amizades da outra pessoa com a justificativa de que todo mundo está a fim ou tem segundas intenções com sua parceira ou parceiro.
É até compreensível ficar de olho e averiguar se há histórias passadas mal resolvidas entre eles ou se alguém nutre sentimentos não correspondidos. Mas, vamos combinar, transformar isso em uma proibição total? Isso é passar dos limites. Relacionamentos são construídos sobre confiança, não sobre restrições e desconfianças. Isso indica uma possível insegurança sua, um medo de ser substituído(a).
Se a mera presença de um amigo do gênero oposto te deixa inseguro, talvez seja hora de olhar para dentro, em vez de começar a ditar com quem sua parceira pode ou não pode ser amiga. Esse tipo de comportamento não é saudável para ninguém envolvido. Relacionamentos saudáveis se desenvolvem na confiança e no respeito mútuo, não na posse ou no controle.
Na minha opinião, sim, homens e mulheres podem ser amigos, sem segundas intenções. Em vez de ver essas conexões como ameaças, podemos vê-las como oportunidades para aprender e crescer. Mas, entendo que isso também vem da crença de que você deve ser o único melhor amigo da outra pessoa, ainda mais do “sexo oposto”…
Essa é uma crença romântica terrível, que dita que você deve ser o único amante, melhor amigo, confidente, parceiro, ou seja, suprir todas as demandas da sua parceira ou parceiro. Já lhe digo que essa expectativa nunca será alcançada, pois somos seres sociais e precisamos de mais do que uma pessoa para suprir todos esses papéis.
Mas, voltando ao ponto central, a segurança em um relacionamento não vem de limitar com quem nossa parceira pode falar, mas sim de construir um vínculo baseado em confiança, comunicação e respeito. Se você se encontra lutando contra a insegurança, lembre-se: o problema raramente está na amizade em si, mas na percepção que temos dela.
Se você se sente ameaçado por outra pessoa que não apresenta nenhuma ameaça real, talvez você devesse reavaliar sua autoconfiança e por que vê outras pessoas como possíveis ameaças. Pois, se esse for o caso, acredito que você não está ciente de tudo que você tem a oferecer e que, provavelmente, você não vê o quão único é e seu real valor.
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tenho amigas há muitos anos e nunca libidinamos. são pessoas de meu convívio, amizades que valem o investimento.