O Mural Etnias, localizado no Boulevard Olímpico, na Zona Portuária do Rio, está enfrentando o desgaste do tempo, com sua pintura já desbotada e demonstrando sinais de necessidade de revitalização.
Criado pelo artista Eduardo Kobra em virtude dos Jogos Olímpicos de 2016, o mural tem impressionantes 15 metros de altura e 170 metros de comprimento. Localizado na fachada de um antigo armazém em frente à Parada dos Navios/Valongo do VLT Carioca, na Gamboa, o mural é uma celebração da união dos povos da terra e da diversidade étnica dos cinco continentes.
Para a execução do mural, foram utilizados recursos consideráveis: 180 baldes de tinta acrílica, 2,8 mil latas de spray e 7 elevadores hidráulicos. Em 22 de agosto de 2016, o painel, com aproximadamente 2,6 mil m² de área, conquistou o reconhecimento do Livro Guinness dos Recordes como o maior grafite do mundo.
No entanto, após oito anos desde sua criação, o mural mostra-se completamente desbotado, perdendo o brilho e a vivacidade que o tornaram uma atração tão marcante na paisagem carioca. O contraste entre a sua aparência atual, apagada e desbotada, e a exuberância de suas cores vibrantes no passado é notável.
Ponto para o Diário do Rio, a primeira mídia a denunciar este abuso e este descaso com os bens públicos de nossa cidade.
Esta deve ser a missão das mídias no Brasil: apontar o que precisa ser feito para melhorar nossas cidades, o que precisa ser do conhecimento de todos, especialmente dos órgãos responsáveis por estas obras.
Tomei a liberdade de enviar este texto para o Eduardo Paes e para o secretário de Turismo do Rio, o Gustavo Tutuca.
Vamos aguardar as providências destes administradores.