O BRT do Rio registrou um aumento em seu uso diário nos últimos anos, com números saltando de 150 mil para 375 mil passageiros em 2021, desde que a prefeitura assumiu a gestão do modal. Este crescimento, embora impressionante, ainda fica aquém do pico registrado durante as Olimpíadas de 2016, quando o serviço atendeu a 700 mil usuários diariamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a meta é alcançar a marca de 450 mil passageiros até 2026, considerando os três corredores principais: Transcarioca, Transoeste e Transolímpica. Desde a transição da gestão em 2021, uma série de medidas de requalificação e melhorias foi implementada, incluindo a reforma e reabertura de 46 estações anteriormente fechadas.
Além disso, a prefeitura realizou a substituição dos ônibus azuis pelos “amarelinhos”, aumentando a frota de 120 para 515 articulados. Na Transoeste, por exemplo, o último corredor a receber os novos ônibus Euro 6, com tecnologia menos poluente, houve uma redução de até 72% nos intervalos nos horários de pico, segundo as autoridades municipais.
O planejamento também contempla melhorias na infraestrutura das estações. Três estações da Transoeste estão passando por intervenções, com a instalação de bicicletários e adaptações para o tráfego de veículos e pedestres. A estação Magarça está programada para ser a primeira a ser entregue, com um módulo conectado ao existente e um terminal alimentador de ônibus e vans.
Na região de Malto Alto, dois viadutos estão em fase final de construção para a passagem dos articulados, além da conclusão de uma passarela para os usuários. O Terminal Curral Falso, em Santa Cruz, também está em desenvolvimento, com uma nova estação provisória já em operação até a conclusão do projeto.
Um dos marcos recentes foi a revitalização de 31 quilômetros da calha do BRT Transoeste, onde o pavimento de asfalto foi substituído por concreto. Este projeto, concluído em dezembro de 2023, representou um investimento significativo de mais de R$ 221 milhões, demonstrando o compromisso da gestão municipal em melhorar a infraestrutura e a eficiência do sistema de transporte público da cidade.
BRT deveria ser parceiro do sistema de ônibus, não substituto. Independente de chegarmos aos números de 2016, não será possível repetir a qualidade por falta do sistema de alimentação. O novo sistema foi usado para a prefeitura bater nos empresários do setor, mas quem ficou, e ainda está, de cara inchada é a população do Rio. E que venha o Transfimdabrasil…