Durante uma reunião realizada, na tarde desta terça-feira (26), o Procurador-geral de Justiça Luciano Mattos, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ); e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, firmaram uma parceria para combater a interferência de organizações criminosas nas eleições municipais deste ano. A decisão é resultado da prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão presos por suspeita de terem planejado o assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco, no qual também foi assassinado o motorista Anderson Gomes.
As eleições municipais de 2024 serão realizadas nos dias 6 e 27 de outubro, primeiro e segundo turno, respectivamente. Assim, os representantes do MPRJ e do TRE-RJ querem traçar estratégias para evitar que organizações criminosas elejam representantes ou associados criminosos para as câmaras municipais ou prefeituras.
“Nós estamos traçando uma estratégia para a atuação na eleição municipal e criar um mecanismo para que as organizações criminosas não consigam se infiltrar nas câmaras e prefeituras”, disse o procurador Luciano Mattos, acrescentando que entre as ações discutidas no encontro está a elaboração de um protocolo de repressão de candidaturas ligadas ao crime organizado: “As instituições estão trabalhando em conjunto e com toda a dedicação nas eleições deste ano, para que tenhamos um pleito limpo, justo e eficaz, sem que condutas criminosas e intervenções ilícitas representem risco à normalidade do processo eleitoral”, afirmou.
Henrique Figueira, presidente do TRE-RJ, reforçou que a desarticulação dos grupos criminosos infiltrados na política e a salvaguarda do processo eleitoral são os principais objetivos estabelecidos pelo Ministério Público e pelo Tribunal Regional Eleitoral para 2024. “Estamos reunindo esforços com as forças de segurança pública para garantir ao cidadão um processo transparente e democrático”, afirmou.
Informações: O DIA