Moradores do Leblon, na Zona Sul, estão preocupados com a possível existência de focos de dengue no antigo terreno do Batalhão da Polícia Militar (23º BPM), localizado em um enorme quarteirão com entrada pela Rua Cap. César de Andrade, 119. O terreno de 35 mil m², situado a cerca de 500 metros da Praia do Leblon, é considerado uma das áreas mais valiosas do mercado imobiliário da cidade.
O local, que durante décadas abrigou as instalações do batalhão da PM, atualmente está no centro de uma polêmica envolvendo a possível venda por parte do governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 2022, o terreno entrou em votação final na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para autorizar o governo estadual a realizar a venda, como parte de um plano para angariar recursos. No entanto, a proposta tem gerado debates acalorados entre associações de moradores da Zona Sul e parlamentares de oposição, que questionam a conveniência de se desfazer de um espaço tão estratégico.
Em 2018, o então governador Wilson Witzel estimou que o terreno valia pelo menos R$ 450 milhões, o que evidencia a importância econômica da área. No entanto, o processo de venda encontrou um obstáculo no final do ano passado, quando o governador Cláudio Castro teve seu movimento limitado pela aprovação do Plano Diretor pela Câmara do Rio. O plano restringe o uso do local para determinadas instalações, o que complicou os planos de venda do terreno do batalhão da PM.
O terreno, que atualmente encontra-se em desuso, contabiliza dezenas de carros abandonados com água parada em seu interior, aumentando as chances da proliferação do mosquito Aedes aegypti.